ADVERTÊNCIAS EM RÓTULOS CAUSAM MUDANÇA DE COMPORTAMENTO E CONSUMO DE ALIMENTOS: ENTENDA OS RISCOS DO EXCESSO DE SAL,AÇÚCAR E GORDURA
Entenda os riscos do excesso de sal, açúcar e gordura
09.04.19
Folha Vitória
Quando consumidos moderadamente, os alimentos tornam mais saborosa a alimentação sem que fique nutricionalmente desbalanceada
Sal, açúcar e gordura. Utilizados com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, esses ingredientes contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem que fique nutricionalmente desbalanceada.
Porém, esses alimentos contêm alto teor de alguns nutrientes que podem ser prejudiciais à saúde, como o sódio (que é a base do sal de cozinha), o açúcar livre (presente no açúcar branco) e as gorduras saturadas (encontradas nas gorduras presentes nos queijos, na manteiga e em alguns óleos vegetais). Óleos e gorduras têm seis vezes mais calorias por grama do que o arroz, o feijão e outros grãos e vinte vezes mais do que os legumes e as verduras. O açúcar possui de cinco a dez vezes mais calorias do que a maioria das frutas.
Pesquisas comprovaram que o consumo excessivo do sódio contido no sal pode provocar doenças como insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais (AVC, ou derrame) e hipertensão. O excesso de gorduras saturadas também aumenta significativamente o risco de doenças cardíacas, entupimento das veias do coração e obesidade, enquanto o açúcar pode facilitar o aparecimento de problemas que vão da cárie dentária à obesidade e ao diabetes.
Em geral, o excesso desses ingredientes tem origem muito menos nos pratos feitos na cozinha de casa do que nos alimentos processados e ultraprocessados. Nessa categoria estão salgadinhos industriais, batata frita de pacote, maionese, bolachas e biscoitos doces e salgados, pão branco, bolos prontos, doces, chocolate e muitos outros.
É preciso lembrar que, a não ser por expressa recomendação médica, não devemos deixar de ingerir sal, açúcar e gorduras, que são essenciais à vida. A palavra mágica é moderação, sempre, o que muitas vezes envolve mudança de hábitos.
* Por: Saúde Brasil - Via ministério da Saúde
Camuflagem: como o açúcar pode se esconder nos rótulos
No #meenganaqueeugosto, o açúcar é o tópico da vez. Você sabe identificar todas as formas como ele pode se camuflar nos rótulos? Venha, que explicamos por que é tão importante você ficar atento a esse ingrediente.
O crescente zelo com o que estamos ingerindo, e nosso corpo absorvendo, deixou as pessoas mais atentas na hora de escolher os produtos. Em tempos de alimentos ultraprocessados, os consumidores passaram a refletir mais sobre a composição do alimento e como os seus ingredientes podem afetar sua saúde. Para entender isso, compreender as informações contidas nos rótulos é uma parte fundamental do processo.
Suélen Ramon Rosa, nutricionista do Núcleo de Assistência Nutricional (NAN), comenta sobre a importância de estarmos atentos aos rótulos. “Às vezes, a pessoa olha só a marca no mercado, sem atentar para a tabela de ingredientes. Daqui a pouco pode estar comprando alguma coisa que não é seu objetivo final.”
Mas, afinal, será que é fácil entender os dados dispostos nas embalagens?
Aprendendo a decifrar rótulos
O termo AÇÚCAR é utilizado, majoritariamente, para se referir aos açúcares cristalizados. Assim, logo vem a nossa mente o açúcar branco de mesa, que pode ser encontrado também nos rótulos como sacarose.
Outras denominações, porém, são menos óbvias e dificultam a compreensão do consumidor. É o caso da maltodextrina. Trata-se de um polímero da glicose de alto índice glicêmico – ou seja, metabolizado rapidamente pelo nosso organismo, o que contribui para um pico de insulina na corrente sanguínea. Esse composto encontra-se também em alimentos salgados, como biscoitos, congelados e alimentos instantâneos.
Assim como a maltodextrina, a dextrose também gera o pico de insulina. Esse ganho de energia pode ser útil para pessoas que praticam atividades físicas, mas, se essa energia não for aproveitada, vai ser armazenada pelo corpo sob a forma de gordura.
Além disso, há outras substâncias utilizadas para substituir o açúcar, como xarope de milho, agave, mel, entre outros. Estes, de qualquer forma, geram picos de insulina similares.
Embora os tipos de açúcares possam se diferenciar no sentido de composição e formato, os efeitos são muito similares. Por isso, a moderação não deve ser deixada de lado.
As mais de 20 possibilidades
Parcela expressiva do problema é que o mercado alimentício percebeu que os consumidores vinham evitando produtos que identificavam conter açúcar e, assim, passou a criar obstáculos que dificultam a compreensão dos rótulos, como a utilização de diferentes denominações que o camuflassem. Mais do que isso: criou a ilusão de um alimento saudável com elementos substitutos do açúcar, como os adoçantes.
Gabriela Kuffel, estudante de Educação Física da UFRGS, conta que consome açúcar todos os dias. “Quando dá vontade de comer algum alimento industrializado eu acabo não me prendendo no açúcar”, diz.
Mas já imaginou que podem existir mais de 20 nomes para uma coisa só? Pois é, por isso mesmo fica complicado para Gabriela, e para todos nós, identificar todas as formas como o açúcar aparece em um rótulo. A lista é extensa:
E agora?
Uma vez que constatada a série de consequências da ingestão demasiada do açúcar, como o ocasionamento de doenças crônicas como diabetes e obesidade; a doutora Noemia Perli Goldrai sugere seguir as recomendações apresentadas pelo Guia alimentar para a população brasileira, que orienta consumir, preferencialmente, alimentos in natura e minimamente processados.
Segundo ela, quando compramos alimentos processados e ultraprocessados, já não sabemos mais o que estamos comendo. “Temos que ler o que está escrito no rótulo, mas se o rótulo me disser ‘acidulante’ eu já não sei o que é. São nomes químicos, são produtos que não podemos ir no armazém comprar”, comenta.
Além disso, atualmente, há projetos que procuram melhorar a compreensão dos rótulos, como a Nova Rotulagem Nutricional de Alimentos para o Brasil desenvolvida com o apoio da UFRGS. Enquanto isso não entra em vigor, fique de olho no que a embalagem está dizendo e, principalmente, no que ela está tentando não dizer.
Então, você costuma identificar os diferentes tipos de açúcar? Escreva nos comentários compartilhando qual a sua maior dificuldade a respeito.
Fonte:https://www.ufrgs.br/laranjanacolher/2019/01/28/camuflagem-como-o-acucar-pode-se-esconder-nos-rotulos/
Definitivamente, a polêmica sobre a qualidade da carne brasileira virou manchete em todo o mundo. Não é para menos. Afinal, esse é um dos principais produtos de exportação do agronegócio brasileiro – perdendo apenas para a soja. Uma preocupação que virou meme, resultou em embargos internacionais (o mais recente é o da China) e, claro, levantou questões importantes sobre o que o vai à mesa do brasileiro.
Em meio ao noticiário sobre o assunto da carne, surgiram palavras como alimentos processados e in natura. Você sabe a diferença?
A Consumidor Moderno fez um levantamento para explicar o que significado desses e outros termos usados para separar em grupo os alimentos vendidos nos mercado. Veja:
O Guia Alimentar Para a População Brasileira, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em 2014, define esses alimentos da seguinte maneira:
In Natura – Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza.
Minimamente processados – Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Exemplos incluem grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados ou congelados e leite pasteurizado. Por definição, cortes de carne resfriados entram nessa categoria.
Ainda são minimamente processados produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Exemplos desses produtos são: óleos, gorduras, açúcar e sal;
Processados – Os considerados processados são produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado, como legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães;
Ultraprocessados – Essa categoria corresponde a produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. Exemplos incluem refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo. Enlatados, embutidos, frituras também estão nessa categoria.
OBS: Segundo o Guia Alimentar, limpeza, remoção de partes não comestíveis, secagem, embalagem, pasteurização, resfriamento, congelamento, moagem e fermentação são exemplos de processos mínimos que transformam alimentos in natura em minimamente processados. Note-se que, como em todo processamento mínimo, não há agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento.
Algumas características e dicas básicas sobre os ultraprocessados:
Alto poder calórico, mas com uma energia vazia – No processamento, perdem os nutrientes e mantém as calorias. É um excesso de caloria que não nutre. O exemplo máximo disso é o refrigerante;
Hiperpalatabilidade – Ou seja, um sabor artificial exagerado, que exacerba os sentidos e cria um padrão de gosto no organismo. Uma criança acostumada a tomar refrigerante muitas vezes não consegue tomar nem água. O mesmo acontece com sucos;
Alimentos altamente disponíveis para consumo – Toda essa facilidade se reflete no supermercado, com tantas opções nas prateleiras. Nunca na história humana foi tão fácil consumir alimentos prontos. É só pensar: quantas embalagens você compra que é só abrir e comer o que vem dentro;
Excesso de sal, açúcar, gorduras e substâncias químicas como conservantes, estabilizantes, flavorizantes e corantes. Por isso é tão importante ler os rótulos.
Os alimentos processados e ultraprocessados devem ser evitados, principalmente na infância, para que não se tornem hábitos e, sim, algo, no máximo, esporádico. O melhor a fazer é frequentar mais as feiras abertas do que os supermercados, elas oferecem um número maior de produtos frescos e mais saudáveis.
Com informações do guia Alimentar para a População Brasileira.
Fonte:https://www.consumidormoderno.com.br/2017/03/21/diferencas-alimentos-natura-processados-ultraprocessados/
Atenção aos rótulos dos alimentos: quanto mais ingredientes, mais processados
Alto consumo de produtos ultraprocessados é combatido pela onda "clean label", que busca uma alimentação com menos aditivos
Por Cris Perroni — Rio de Janeiro
De um lado, o alto consumo pela população brasileira de alimentos ultraprocessados; do outro, a onda "clean label" ou rótulo limpo, tendência mundial de procura por alimentos minimamente processados, com menos ingredientes e aditivos, mais naturais.
O guia da população brasileira, na sua última edição, alertou para importância da qualidade alimentar e para a necessidade de reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados e aumentar a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados.
Alimentos ultraprocessados são ricos em sal, açúcar, gordura e aditivos. Possuem alta palatabilidade, ou seja, são mais saborosos, e têm maior tempo de prateleira, maior validade. Seu consumo tem alta correlação com doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e diabetes.
Estudo recente realizado por Kevin D. Hall e colaboradores, do National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Renais e Digestivas), dos Estados Unidos, comparou a ingestão de dieta com alimentos ultraprocessados e de dieta "não processada".
Vinte indivíduos (idade média de 31 anos e IMC 27kg/m², com sobrepeso) foram admitidos em um ambiente hospitalar para participar de duas etapas do estudo, com duas semanas cada etapa. Receberam 100% da alimentação e foram orientados a comer "ad libitum", ou à vontade, o que desejavam. Ambas as dietas foram equilibradas em energia, macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), sal, açúcar e fibras.
Observaram que a ingestão energética foi maior durante a dieta ultraprocessada (cerca de 500 kcal/dia a mais), com aumento no consumo de carboidratos (cerca 280 kcal) e gorduras (cerca de 230 calorias), mas não de proteínas. Observou-se ganho de peso (cerca 900g) durante o período da dieta ultraprocessada e redução de peso (cerca de 900g) durante a dieta "não processada".
Quando comemos alimentos ultraprocessados, comemos mais, é difícil controlar a quantidade.
Isso confirma a necessidade de reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, que possuem alta palatabilidade e estimulam a comer mais, e aumentar a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados para prevenir e tratar excesso de peso e obesidade e suas complicações, entre elas diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias e câncer.
No outro polo, temos a tendência "clean label" ou rótulo limpo. As pessoas estão mais preocupadas em saber o que realmente os alimentos processados contêm, como foram cultivados, qual a sua procedência e forma de produção. Querem conhecer as marcas e seus propósitos.
Estão procurando por uma alimentação mais natural, com ausência ou com menor número de aditivos artificiais; se houver corantes ou adoçantes, que sejam naturais.
Quanto menor o número de ingredientes e mais conhecidos e naturais, melhor para saúde. Não sabemos a longo prazo qual o prejuízo para a saúde de tantos conservantes, corantes, realçadores de sabor, aditivos em geral. Por enquanto, temos a certeza da sua correlação com ganho de peso e obesidade.
Literatura:
HALL, K.D. et al. Ultra-Processed Diets Cause Excess Calorie Intake and Weight Gain: An Inpatient Randomized Controlled Trial of Ad Libitum Food Intake. Cell Metab. 2019, v.30, n.1, p. 67-77.
Fonte:https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2019/07/15/atencao-aos-rotulos-dos-alimentos-quanto-mais-ingredientes-mais-processados.ghtml
Advertências em rótulos causam mudança de comportamento e consumo de alimentos
Estudo elaborado pela Universidade do Chile mostra que a regulação mudou as percepções, atitudes e comportamentos em relação a padrões alimentares mais saudáveis
Por Cris Perroni — Rio de Janeiro
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