CRUDIVORISMO : ENZIMAS,A CIÊNCIA DOS ALIMENTOS VIVOS

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O QUE SÃO ENZIMAS?

Segundo o Dr. Edward Howell, o primeiro pesquisador das enzimas, “as enzimas são substancias que tornam a vida possível. São necessários para todas as reações químicas que ocorrem no corpo. Sem enzimas nenhuma atividade alguma vez aconteceria. Nem as vitaminas nem os minerais ou os hormônios conseguem fazer o seu trabalho – sem enzimas.” Temos uma reserva de enzimas limitada o que nos leva a morrer quando as enzimas acabam. Se comermos alimentos crus evitamos a destruição das enzimas que a comida contem facilitando assim a digestão e evitando gastar as nossas próprias reservas. Segundo ainda o Dr. Edward Howell, a falta de enzimas na comida cozida é ainda uma das razões maiores do envelhecimento e morte precoce. É ainda a causa subjacente da maior parte das doenças. Se o nosso corpo está ocupado com a digestão de alimentos cozidos e a produção de enzimas para a saliva, suco gástrico, suco pancreático e sucos intestinais, então terá de diminuir a produção de enzimas para outros propósitos. Quando isto acontece, então como pode o corpo produzir enzimas para o trabalho do cérebro, coração, rins, músculos e os outros órgãos e tecidos. Esta falta de enzimas ocorre na maioria da população mundial dos países civilizados que se alimenta de comida cozida. Segundo estudos científicos recolhidos ao longo de mais de 40 anos pelo Dr. Howell, “o homem é o que menos enzimas da digestão dos amidos tem no seu sangue, entre todas as criaturas. Também temos o maior índice destas enzimas na urina o que prova que estão a ser utilizados rapidamente”.
Consequentemente cada vez que comemos farináceos (pão, bolos, etc.) estamos a diminuir o nosso tempo de vida. Existe evidencia que mostra que esta baixa de enzimas não é devida a nenhuma peculiaridade da nossa espécie. Na realidade, deve-se ás largas quantidades de amidos cozidos que comemos. Em adição, é evidente a indicação que a alimentação cozida, por conseguinte sem enzimas contribui para o crescimento patológico excessivo da glândula pituitária, que regula as outras glândulas. Além disso, há pesquisas que indicam que 100% dos indivíduos com mais de 50 anos que morrem de causas acidentais tem deficiências nas glândulas pituitárias. Seguidamente, acredita-se que a deficiência de enzimas é a causa da maturação exagerada das crianças e adolescentes dos nossos dias .É também uma causa importante no excesso de peso de muitas crianças e adultos. Muitas experiências com animais mostram que as dietas deficientes em enzimas produzem uma maturação mais rápida do que o normal. Os animais com uma dieta cozida são também mais pesados do que os seus equivalentes que comem cru. Outra evidencia é que os agricultores usam batatas cozidas para engordar os seus porcos antes de os levarem para o mercado. Eles descobriram que os porcos comendo batata cozida engordavam mais rápido e economicamente do que porcos comendo batata crua. Esta evidencia mostra a grande diferença entre calorias cozidas e calorias cruas. Na verdade na sua experiência de trabalho num sanatório, o Dr. Edward Howell, descobriu que era impossível engordar as pessoas comendo cru, independentemente da quantidade de calorias ingeridas. A propósito, outro dos efeitos relacionados com a deficiência de enzimas é que o tamanho do cérebro diminui. Mais, a tiróide aumenta de volume, mesmo na presença do iodo. Isto foi provado em várias espécies. Na realidade não foi comprovado em seres humanos mas a evidencia é muito sugestiva. Considera-se que o pâncreas humano é sobrecarregado com uma produção excessiva de enzimas comparado com qualquer outra criatura que se alimenta de comida crua. De fato, em proporção com o peso do corpo, o pâncreas humano é duas vezes mais pesado do que o de uma vaca. Seres humanos que comem maioritariamente cozido, enquanto as vacas comem erva crua. Depois, existe evidencia que ratos que comem cozido tem um pâncreas duas vezes maior do que ratos que comem cru. Mais ainda, há provas de que o pâncreas humano é um dos mais pesados no reino animal, tendo em conta o peso corporal. Este aumento de volume do pâncreas humano é tão perigoso – provavelmente ainda mais – do que o aumento de volume do coração, da tiróide etc..
A produção exagerada de enzimas é uma adaptação patológica a uma dieta de comida sem enzimas. O pâncreas não é a única parte que produz exageradamente enzimas quando a alimentação é cozida. Por adição, existem as glândulas salivares, que produzem enzimas num grau nunca visto nos animais selvagens com a sua alimentação natural. De fato, alguns animais numa dieta crua não tem qualquer tipo de enzimas na sua saliva. As vacas e as ovelhas produzem torrentes de saliva sem enzimas. Os cães, por exemplo, também não segregam enzimas na sua saliva quando comem comida crua. No entanto, se lhe começar a alimentá-los com amidos cozidos, as suas glândulas salivares começarão a produzir amido-enzimas digestivos ao fim de 10 dias. Mais ainda, há mais evidencia de que os enzimas na saliva representam uma situação patológica e não normal. Isto é algo que o Dr. Edward Howell demonstrou em laboratório. As enzimas na saliva só atacarão o amido quando este é cozido. Sendo assim, vemos que o corpo canaliza a sua limitada produção de enzimas para a saliva se de fato o tiver que fazer. O Doutor Howell efectuou experiências em ratos em que um grupo comia carne crua e vegetais e sementes crus e o outro grupo comia o mesmo mas cozido. tentava assim ver qual dos grupos vivia mais tempo. Conclusão, ambos os grupos viviam praticamente o mesmo tempo o que surpreendeu o médico. Os ratos de ambos os grupos viveram cerca de 3 anos. Mais tarde o Dr. Howell descobriu a diferença. Verificou que os ratos alimentados à comida cozida tinham comido as suas próprias fezes, as quais continham as enzimas excretadas pelo seu corpo. Todas as fezes, incluindo as dos seres humanos, contém as enzimas utilizados pelo corpo. Os ratos tinham reciclado as suas próprias enzimas para os usarem outra vez. Por isso viveram tanto tempo como os outros ratos a comer cru. Na realidade a prática de comer fezes é praticamente universal entre todos os animais de laboratório. Se bem que estes animais recebam dietas cientificas contendo todas as vitaminas e minerais, instintivamente sabem que precisam de enzimas. Por isso, comem as suas próprias fezes. De fato, os animais com dietas cientificas desenvolvem a maior parte das doenças crônicas e degenerativas comuns aos seres humanos, se os deixarem viver até ao fim das suas vidas. Isto prova que só vitaminas e minerais não são suficientes para manter a saúde. Para o Dr. Howell a evidencia mais impressionante de que precisamos de enzimas na nossa alimentação ocorreu no seu trabalho de sanatório quando os seus doentes eram postos em jejuns curativos.
“Quando se jejua, há uma paragem imediata da produção de enzimas digestivas. As enzimas da saliva, suco gástrico e pancreático diminuem e são raras. Durante o jejum, as enzimas do corpo estão livres para o trabalho de reparação e remoção de tecidos doentes. ”Disse.
Nos países considerados civilizados comem-se tamanhas quantidades de comida cozida que o sistema enzimático fica ocupado somente a digerir comida. Como resultado, o corpo tem falta de enzimas para manter os tecidos em boas condições. A maior parte das pessoas que jejuam passam pelo que é chamado de uma crise curativa. Os pacientes podem sentir náuseas, vômitos e tonturas. O que se passa é que as enzimas estão a trabalhar para mudar a estrutura doente do organismo. As enzimas atacam os tecidos patológicos e dividem as substâncias indigestas e não processadas; e estas são depois evacuadas pelos intestinos, pelo vômito ou através da pele. Vários nutricionistas dizem que as enzimas dos alimentos são destruídas pelos ácidos do estômago e por conseguinte de pouco ou nenhum valor. O doutor Howell contrapõe que esses nutricionistas não prestam atenção a dois fatores importantes. Em primeiro lugar, quando se come, a secreção ácida do estômago ocorre minimamente pelo menos durante 30 minutos. Á medida que a comida atravessa o esôfago, cai sobre a parte superior do estômago. Esta é chamada a secção cardíaca, uma vez que está próxima do coração. O resto do estômago continua plana e fechada enquanto a parte cardíaca se abre para acomodar a comida. Durante o tempo que a comida fica nesta secção superior, pouco ácido ou enzimas são segregadas pelo organismo. As enzimas da própria comida começam a digerir a comida. Quanto mais desta auto digestão ocorre menos trabalho o organismo tem que realizar mais tarde. Quando este período de 30 a 40 minutos passa, a parte inferior do estômago abre e o corpo começa a produzir ácido e enzimas. Até nesse momento as enzimas da comida não param até que o nível ácido se torne proibitivo. Como se pode comprovar as enzimas conseguem suportar ambientes muito mais vezes ácidos do que neutros. Muitos animais tem até o que se pode chamar de compartimentos de pré-digestão enzimática onde a comida se digere a si própria. É o caso de certos macacos e roedores com as suas bolsas nas bochechas, os buchos de muitas espécies de pássaros, e os primeiros estômagos de golfinhos, baleias, etc.. Quando os pássaros comem sementes ou grãos de cereais, estes ficam no bucho entre 8 a 12 horas. Nesta pausa, absorvem umidade e começam a germinar. Durante a germinação formam-se enzimas que tem o trabalho de digerir as sementes e grãos. Os golfinhos as baleias tem um primeiro estômago que não segrega enzimas. As baleias, por exemplo, engolem grandes quantidades de alimentos sem a mastigarem. A comida decompõe-se e digere-se a si própria. Na pele dos peixes e de outras espécies marinhas que a baleia come existe uma enzima, chamado catepsina, que decompõe o peixe uma vez morto, na realidade esta enzima está presente em quase todas as criaturas. Depois do alimento da baleia se tornar liquefeito a si próprio, passa por um pequeno canal para o segundo estômago da baleia. Parece um mistério para os cientistas na baleia, como tanto alimento pode passar por um canal tão pequeno. Não tem idéia de que a auto digestão esteve em ação. Questionado sobre o fato de a maioria da população comer cozido todos os dias e se poderíamos recuperar a falta de enzimas comendo ao mesmo tempo comida crua o Dr. Howell respondeu: “Não. A comida cozida causa um desgaste tão grande na nossa reserva de enzimas que não se consegue recuperar comendo também comida crua. Na realidade os vegetais e a fruta não são fontes concentradas de enzimas. Quando amadurecem as enzimas estão presentes para o amadurecimento. No entanto quando o amadurecimento acaba, as enzimas retiram-se para os caules e sementes. Por exemplo quando certas companhias querem extrair enzimas da papaia , um fruto tropical, eles usam o sumo de papaia verde. A papaia madura por si não tem grande concentração de enzimas.” Segundo o Dr. Howell as bananas, abacates e mangas são boas fontes de enzimas. Na generalidade, os frutos com um alto valor calórico são mais ricos em enzimas. As nozes e as sementes contém inibidores de enzimas pelo que se devem demolhar. Estes inibidores de enzimas existem para proteção da semente. A natureza não quer que a semente germine prematuramente e perca sua vitalidade. Quer sim que as sementes germinem num solo suficientemente úmido para poderem crescer e continuar a espécie. Desta forma, quando se comem sementes cruas ou nozes cruas, estamos a ingerir os inibidores de enzimas que neutralizam alguns dos enzimas que o organismo produz. Na realidade comer alimentos com inibidores de enzimas provoca um inchaço do pâncreas. Todas as nozes e sementes contêm estes inibidores de enzimas. Amendoins crus, por exemplo tem uma quantidade especialmente grande. O gérmen de trigo cru também um dos piores ofensores. Em adição todas as ervilhas, feijões, e lentilhas contem alguns. As batatas que são sementes também tem inibidores de enzimas. Nos ovos que também são sementes, o inibidor existe basicamente na clara. Como regra geral, os inibidores de enzimas estão confinados ás sementes dos alimentos. Por exemplo, os olhos das batatas. Os inibidores não estão presentes nas partes frescas das frutas ou nas folhas e caules dos vegetais. Há duas formas de destruir os inibidores de enzimas. A primeira é cozer; no entanto assim também se destroem as enzimas. A segunda, que é preferível é a germinação. Assim destroem-se os inibidores de enzimas e também se aumenta o conteúdo de enzimas numa proporção de 3 para 6. Alguns alimentos, como o feijão de soja, tem de ser bem cozidos para destruir os inibidores de enzimas. Por exemplo, muitas das farinhas de soja e pós á venda não foram suficientemente aquecidos para destruir os inibidores. A única solução para quem continua a comer alimentos cozidos é tomar suplementos de concentrado de enzimas de plantas. Na ausência de contra-indicações, deve-se tomar entre uma a três cápsulas por refeição. É claro que se a sua refeição for só crua, não precisará de enzimas nessa refeição. As cápsulas devem ser misturadas com a comida ou chupadas. Desta forma podem começar a trabalhar imediatamente. Acidentalmente, tomar enzimas extra é outra forma de neutralizar os inibidores de enzimas das nozes ou sementes não germinados. Os concentrados de enzimas de plantas ou enzimas de fungos são melhores para pré-digestão da comida do que comprimidos de enzimas pancreáticos. Isto porque as enzimas de plantas conseguem atuar melhor em meios ácidos como o estômago, enquanto que as enzimas pancreáticos só trabalham no meio alcalino do intestino delgado. Se os comprimidos tiverem um revestimento entérico, então não são apropriados, uma vez que só serão liberados depois de atravessar o estômago. Nesta altura é demasiado tarde para a pré-digestão da comida. Aqui o corpo já terá usado as suas enzimas para digerir a comida. Uma alimentação deficiente em enzimas causa uma redução de 30% no tempo de vida. Assim sendo, poderíamos prolongar o nosso tempo de vida 20 ou mais anos. Mesmo numa dieta de crus deve-se incluir enzimas pois o nosso corpo usa-as de tantas formas e assim poderemos manter a nossa reserva para situações de doença, situações extremas de temperatura e durante situações de exercício vigoroso. Conclui o Dr. Howell, que a titulo de curiosidade, já passou claramente dos 70 anos e continua a sentir-se como se tivesse 30, praticando ainda jogging todos os dias.
Fonte: living-foods.com - University of Natural Healing, Inc.

O termo é derivado de "en" = dentro e "zima" = levedura. As enzimas são moléculas de proteína bastante grandes e complexas que agem como catalisadoras em reações bioquímicas. Como as proteínas, elas consistem em longas cadeias de amino-ácidos unidas por ligações de peptídeos. Elas são formadas dentro das células de todos os seres vivos, plantas, fungos, bactérias, e organismos microscópicos unicelulares.
As enzimas são classificadas segundo os compostos nos quais elas agem:

- lipases atuam nas gorduras decompondo-as em glicerol e ácidos graxos;
- catalases decompõem a água oxigenada;
- amilases decompõem os amidos em açúcares mais simples;
- proteases decompõem as proteínas;
- celulases decompõem a celulose;
- pectinases decompõem a pectina;
- xilanases decompõem a xilana;
- isomerases catalizam a conversão da glicose em frutose;
- beta-glucanases decompõem a beta-glucana;
- outras. As enzimas comumente encontradas no trato digestivo são a pepsina, a tripsina e peptidases (que decompõem as proteínas), lipases e amilases.

Como as enzimas agem?
Elas controlam várias funções vitais incluindo os processos metabólicos que convertem nutrientes em energia e em novos materiais para as células, além de acelerar a reação dos processos bioquímicos, tornando-os mais eficientes. As enzimas se conectam às substâncias reagentes e enfraquecem certas ligações químicas, de modo que menos energia (de ativação) é necessária para que as reações ocorram. Se as enzimas estivessem ausentes, as reações químicas seriam lentas demais para dar suporte à vida. As enzimas são bastante específicas, decompondo ou compondo apenas certas substâncias em certas condições de temperatura, pH e concentração do substrato (substância na qual a enzima atua). Algumas transformações envolvem várias enzimas como a da glicose em água e gás carbônico que leva 25 passos, cada passo com a participação de várias enzimas. Quando as enzimas são aquecidas, elas aceleram ainda mais as reações, mas apenas até certo ponto a partir do qual elas se modificam e perdem suas propriedades catalizadoras. Quando a temperatura cai, as enzimas voltam ao seu estado anterior.
De onde as enzimas surgem ?
As células usam a informação dos nossos genes para fabricar proteínas, as quais são usadas para várias funções. A enzima é uma dessas proteínas. Também, as enzimas podem ser encontradas nos alimentos. As células possuem de 2000 a 3000 enzimas diferentes em cada uma. Células diferentes possuem enzimas diferentes.
Como as enzimas atuam na boca ?
Quando o alimento é mastigado na boca, ele fica reduzido à pequenos fragmentos que se misturam com a saliva produzida pelos três pares de glândulas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais). A saliva é um líquido neutro ou ligeiramente alcalino, que contém água, muco e enzimas (amilase salivar ou ptialina). As glândulas submandibulares e sublinguais segregam uma saliva mais grossa que contém a enzima mucina. A outra enzima da saliva é a ptialina, que digere parcialmente os amidos e converte-os em maltose (um tipo de açúcar). A água umedece o alimento, o muco lubrifica-o e a amilase catalisa a hidrólise do amido (polissacarídeo) que o transforma em moléculas de açúcares mais simples (oligossacarídeos e monossacarídeos). A saliva também dissolve algumas moléculas que são captadas pelos receptores de sabor nas papilas gustativas da língua (permitindo o reconhecimento dos sabores). O alimento mastigado e ensalivado fica reduzido à uma pasta mole: o bolo alimentar.

Como as enzimas atuam no estômago ?
O estômago recebe o bolo alimentar e o piloro é fechado para que o bolo alimentar não passe imediatamente para o duodeno. O estômago, por meio das glândulas gástricas, libera o suco gástrico que é constituído por água, ácido clorídrico (a 0,5% de concentração), mucos, pelas enzimas pepsina (várias proteases) e, nos bebês, a renina. O estômago então se contrai ritmicamente (movimentos peristálticos), o que permite a mistura do bolo alimentar com o suco gástrico.
A água permite que os alimentos se dissolvam ou fiquem em suspensão. O ácido clorídrico reage com o pepsinogênio parar gerar a pepsina, dá o grau de acidez ideal para a pepsina atuar e destrói muitas das bactérias ingeridas nos alimentos. O muco lubrifica o alimento e protege as paredes do estômago dos efeitos do ácido e das proteases. A pepsina permite a conversão das proteínas em polipeptídeos e aminoácidos e a renina coagula a proteína do leite.
Quando a digestão estomacal é concluída, o piloro vai abrindo e liberando a pasta ácida semi-líquida (quimo) do estômago para o duodeno em pequenas quantidades.
Os líquidos demoram pouco a passar para o duodeno mas o estômago vai liberando seu conteúdo meia-hora após o início da refeição e só é esvaziado de 2 a 3 horas depois, dependendo do tipo do alimento.
Como as enzimas atuam no duodeno e no intestino delgado ?
O quimo recebido do estômago é misturado ao suco pancreático e intestinal (com enzimas proteolíticas) e à bílis, que são lançados no duodeno através de canais. O suco pancreático possui diversas enzimas, entre as quais a tripsina (transforma proteínas em amino-ácidos), a amilase (transforma amido e dextrina em maltose), a maltase (transforma maltose em glicose) e a lipase pancreática (transforma gordura em ácidos graxos e glicerina).
Algumas glândulas que revestem o intestino segregam as enzimas sacarase (transforma sucrose em glicose e frutose), maltase, lactase (transforma lactose em glicose e galactose), lipase, amilase e erepsina que em parte formam o suco intestinal.
A ausência ou baixa atividade da lactase pode causar vários graus de intolerância ao leite.
O fígado emite a bílis, que apesar de não provocar transformações alimentares, facilita a digestão diluindo o conteúdo intestinal, funcionando como antisséptico, reduzindo a tensão superficial das gotas ou glóbulos de gordura (o que facilita a digestão pela lipase do pâncreas e do intestino) e impedindo-as de se aglutinar graças aos sais biliares. A bílis é uma substância alcalina de cor verde e amarga e neutraliza a acidez do quimo vindo do estômago.
Depois de concluída a digestão intestinal, a massa alimentar fica reduzida a uma pasta semi-líquida de aspecto leitoso (quilo) formada principalmente por água, sais minerais, glicose, glicerina, ácidos graxos e aminoácidos, todos prontos para serem absorvidos.
Como os nutrientes são absorvidos ?
Na membrana mucosa do intestino delgado ficam muitas reentrâncias e dobras chamadas villi que aumentam a superfície de absorção em mais de 600 vezes o que seria se o intestino fosse um simples cilindro.
Os produtos da digestão são absorvidos por pequeninas artérias imediatamente sob o epitélio nos villi.
Os amino-ácidos, sais minerais e vitaminas solúveis em água são transportados pela corrente sanguínea primeiro ao fígado e depois ao resto do corpo para reparar e construir os tecidos e o excesso é convertido em uréia pelo fígado para ser depois excretado pelos rins.
A glicerina e os ácidos graxos são captados nos vasos linfáticos e novamente reunidos em pequenos glóbulos de gordura. Esses glóbulos são depois transportados pela corrente sanguínea para os tecidos, onde são consumidos em reações de oxidação e/ou armazenados sob a forma de tecido adiposo.
Os açúcares (sob a forma de monossacarídeos) são temporariamente armazenados no fígado como glicogênio e liberados como glicose quando necessário.
Existe uma espécie de inteligência intestinal descrita por Hunt, que nada mais é do que a capacidade do delgado em absorver mais ou menos determinado grupo alimentar, de acordo com a necessidade do organismo naquele momento.
O que acontece com o que não é absorvido ?
Os alimentos levam cerca de 4 horas para atravessar o intestino delgado (quase 7 metros ). Ao chegar ao intestino grosso ( 1,2 metros ), bactérias presentes ainda segregam algumas enzimas que permitem que algumas substâncias resultantes da digestão ainda sejam absorvidas.
Vários tipos de bactérias habitam o intestino grosso e decompõem algumas fibras indigeríveis, fermentam açúcares e decompõem algumas proteínas. Certas bactérias podem sintetizar vitamina K e B. Ainda não está claro o quanto de vitamina B pode ser absorvido pelo intestino grosso, mas metade da quantidade necessária de vitamina K é de origem bacteriana.
Os alimentos levam de 12 a 18 horas para alcançar o reto. Durante esse tempo a água é absorvida e os dejetos são compactados gradualmente para serem expelidos. São da maior importância estas etapas da excreção ou eliminação porque no intestino grosso só restam substâncias tóxicas, como o escatol, que se reabsorvidos por um atraso ou retardo no trânsito, como ocorre na prisão de ventre, podem gerar aquilo que denominamos de auto-endo-intoxicação, que é caracterizada por cansaço, desânimo, cefaléia, mau hálito, etc.
As enzimas atuam fora do organismo ?
Enzimas atuam na obtenção do álcool a partir dos açúcares (e dos açúcares a partir dos amidos), reduzem o nitrogênio e o fósforo dos dejetos orgânicos, atuam nos bolos (evitam que solem), aceleram a produção de cerveja, atuam na produção dos queijos e removem a lactose, funcionam em detergentes, atuam em amaciantes de roupa, atuam na produção de couros, atuam na produção de papel, atuam na produção de dextrose, frutose (usados em confeitos e refrigerantes), amaciam o algodão e clareiam o vinho e sucos.
As enzimas são consumidas nos processos ?
Depois de a reação se completar, a enzima fica intacta e disponível para iniciar outra reação. Algumas enzimas são capazes de participar de milhares de reações em um único minuto. Em princípio, isso pode continuar indefinidamente, mas na prática a maioria das enzimas perde a estabilidade e capacidade de catalisar as reações.
Há alguma demonstração prática da atuação de enzimas ?
Sim. Pegue um abacaxi fresco, e um recipiente com gelatina comum. Corte uma fatia do abacaxi e coloque-a em cima da gelatina. Observe o que acontece. Algumas embalagens de gelatina recomendam explicitamente não misturar com abacaxi. O abacaxi contém enzimas que decompõem as proteínas da gelatina.
ENZIMAS
A exposição dos alimentos temperaturas elevadas (cozimento, etc.), destrói as enzimas neles contidos.
Quando os alimentos não contêm as enzimas necessárias, o organismo é obrigado a usar as suas próprias, gastando no processo energia e recursos.
Essa é uma das vantagens da alimentação vegetariana Viva (crudívora ou crudicista) sobre os alimentos cozinhados da alimentação dita normal.
Mas qual é afinal a importância das enzimas?
Vejamos:
Enzimas são, em termos biológicos, compostos protéicos complexos, caracterizados por longas cadeias de aminoácidos, unidos por ligações peptídicas.
Enzimas são estruturas protéicas ativas, básicas, que são essenciais à vida. Sem enzimas a vida, como a conhecemos, não seria possível.
As enzimas representam a fonte de energia orgânica e a vitalidade bioquímica central de toda a estrutura viva existente, incluindo-se os animais, plantas, algas e microorganismos.
As enzimas são essenciais para a formação estrutural, crescimento, desintoxicação, defesa e mecanismos de cura do nosso organismo. São fundamentais na regulação das atividades bioquímicas do organismo, como a digestão e absorção de alimentos, equilíbrio hormonal, atividade cerebral, humor, sexualidade, circulação sanguínea, respiração, estímulos nervosos, reposição celular, sistema imunológico, mecanismos dos sentidos (paladar, olfato, tato, visão e audição) e outras.
Sem enzimas, nem mesmo se efetiva a função de assimilação e distribuição de vitaminas e sais minerais.
A vitalidade e longevidade estão relacionadas às enzimas.
Toda a nossa saúde depende da manutenção de níveis enzimáticos adequados.
Por exemplo, são detectadas carências enzimáticas em muitos casos de doenças crônicas, como câncer, reumatismo, artrite reumatóide, alergias, doenças cardiovasculares, e muitas outras.
As enzimas podem ser divididas em dois grupos, as endógenas e as exógenas.
As endógenas ou internas, originam-se no próprio organismo e as exógenas ou externas, são originadas fora do corpo e são obtidas dos alimentos ingeridos.
As endógenas, dividem-se em metabólicas e digestivas.
As metabólicas estão presentes nas células, no sangue e nos tecidos em geral.
As digestivas estão presentes no trato digestivo.
Ao nascer, recebemos um potencial enzimático metabólico limitado. É como se o organismo recebesse uma “reserva” limitada para metabolizar enzimas. Até onde se sabe, quanto mais enzimas próprias o organismo precisa usar, ao longo do tempo, menos capacidade lhe resta para manter os níveis enzimáticos necessários. É como se essa “reserva” se fosse esgotando na medida em que vai sendo usada. Quanto mais rapidamente usamos essa reserva, mais curta será nossa vida e mais deficiente nossa saúde.
Os níveis enzimáticos nos tecidos corporais são elevados na infância e reduzidos na velhice. Um recém-nascido pode apresentar cerca de cem vezes mais enzimas na corrente sanguínea do que um idoso (com alimentação cozinhada durante a sua vida).
Por outro lado um idoso apresenta cerca de mil vezes mais radicais livres no seu organismo que o recém-nascido. O enfraquecimento dos níveis de enzimas está ligado ao aumento de radicais livres, associado à carência de micro-minerais.
A redução do potencial enzimático do organismo é causa de doenças degenerativas e envelhecimento precoce.
Os alimentos crus trazem consigo as enzimas necessárias à sua própria digestão.
As nossas enzimas digestivas, presentes na saliva (ptialina), no estômago (proteases), nos intestinos (lípases) e as produzidas pelo pâncreas, atuam como reservas ou para complementar o processo digestivo. Normalmente o corpo conta com a presença das enzimas digestivas que já vêm com os alimentos.
A redução do nosso potencial enzimático é provocada principalmente e em ordem de importância, por:
A) Ingestão de alimentos pobres em enzimas
B ) Estresse
C) Consumo de álcool, açúcar e outros destruidores de vitaminas e minerais
D) Uso excessivo de medicamentos
E) Poluição ambiental
Se exposta ao calor intenso, uma enzima é completamente destruída, mas se mantida a uma temperatura corporal, durante o tempo necessário, será ativada e realizará adequadamente suas funções.
O cozimento, ao destruir as enzimas de qualquer alimento, perturba a programação biológica do organismo, aperfeiçoada durante milhões de anos, e cria uma sobrecarga orgânica, já que provoca a necessidade de produção de enzimas digestivas. A produção dessas enzimas digestivas desvia substâncias presentes nas enzimas metabólicas. Desta forma é provocado um enfraquecimento das funções gerais que dependem dessas enzimas, debilitando o organismo e expondo-o a variadas moléstias.
Quando comemos a comida cozinhada, para a sua digestão e assimilação, o corpo precisa usar suas próprias enzimas. Essas enzimas a que o corpo precisa recorrer, poderiam estar servindo para atividades mais importantes, tais como limpar o fígado, proteção contra tumores, eliminação de radicais livres e toxinas em geral. Tudo isso, porque o cozimento destruiu as enzimas que já estavam contidas nos alimentos quando crus.
Sob estresse, ocorrem importantes perdas minerais, o que enfraquece os níveis de enzimas metabólicas e reduz a capacidade das digestivas.
O açúcar refinado, é um produto desmineralizante, que rouba cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B, e é um agente enfraquecedor do organismo.
O abuso de bebidas alcoólicas, reduz as reservas corporais de tiamina (vitamina B1), e de outras vitaminas envolvidas com a estruturação enzimática.
O uso constante de medicamentos, principalmente os antibióticos, enfraquece os mecanismos de defesa do organismo, interfere nos processos de autoregulação e homeostase, afetando as funções das enzimas.
A poluição ambiental origina a ingestão de compostos químicos, moléculas agressoras e metais pesados, que intoxicam e alteram as funções celulares, prejudicando também a função das enzimas.
Esses fatores associados causam um aumento de radicais livres, devido à incapacidade das enzimas metabólicas de inibir a sua formação (radicais livres). Em quantidades elevadas, esses radicais livres, interferem nas atividades celulares, provocando mutações, erros genéticos, inibição de secreções celulares e uma porção de outros problemas.
Outra conseqüência, menos evidente, mas relevante, da diminuição dos níveis enzimáticos do organismo, é que nos tornamos menos sensíveis aos outros e nós próprios, prejudicando nossa espiritualidade. Gastamos energia demasiada na desintoxicação e deixamos de usa-la para outras finalidades importantes.
ALIMENTAÇÃO PARA A VIDA

Marina Hetenyi Francini

Quando se fala de Alimentação estamos entrando num tema muito extenso e que não está limitado exclusivamente àquilo que geralmente chamamos de comida. A cada momento do nosso dia a dia estamos fazendo escolhas de coisas que necessitarão de digestão, assimilação; podemos nutrir-nos ou envenenar-nos, poluir-nos. Tomamos a maior parte de tais decisões de forma automática – quase inconsciente. Muitas vezes, não temos nunca tomado o tempo suficiente para refletir e saber em base a que estamos escolhendo nem quais as conseqüências.
Há alimentos para o corpo físico, e outros para nossa mente, nossos sentidos e nosso espírito, ou seja: respiração, pensamentos, palavras, emoções, relacionamentos, leituras, músicas, cores, etc. Algo que sabemos é que precisamos alimentar-nos para nos mantermos vivos. Trata-se de um bom ponto de partida, porque nos indica uma responsabilidade individual precisa nesse sentido. Se observarmos que somos seres vivos, não é difícil entender que precisamos de alimentos vivos para manter a saúde, o bem estar e a alegria.
O Dr. Edmond Bordeaux-Szekely estabeleceu a seguinte classificação que pode ser de grande ajuda para nos orientar em nossas escolhas:
• Biogênico - que produz a vida.
• Bioativo - que mantêm a vida.
• Biostático - que diminui a vida.
• Biocídico - que mata a vida.
Outro aspecto que é importante lembrar quando pensamos em Alimentação é que temos um campo energético eletromagnético de consciência que sustenta o nosso ser físico que precisa ser recarregado e nutrido. Todo o manifestado existe como energia sutil antes de assumir uma forma específica. Primeiramente a energia condensa-se no que poderíamos chamar de molde etéreo do que será seu aspecto tridimensional, posteriormente adquire também a forma física. As qualidades vibratórias dos alimentos que escolhemos têm uma influencia neste campo sutil ao mesmo tempo em que atuam no corpo mais denso. Por isso, a importância de privilegiar os produtos que mantêm intactas suas características energéticas vitais.
Uma Alimentação para a Vida dá preferência a alimentos que fazem parte das duas primeiras categorias, entendendo que o uso de alimentos que constituem as duas últimas categorias prejudica, com o passar do tempo, a saúde e a vitalidade, utiliza elementos frescos, sem cozimento, de preferência de origem orgânica (livres de pesticidas e fertilizantes químicos) e aproveita a contribuição especial dos brotos, reconhecendo neles uma maneira simples, prática e econômica de receber a mais concentrada forma de energia de vida comestível.


O Alimento Cru Contém as Enzimas Necessárias para Ser Digerido

O Dr. Edward Howell - que dedicou a vida toda ao estudo das enzimas - chegou a concluir que estas são as transportadoras da energia vital. Todos os organismos possuem uma variedade quase infinita de enzimas que atuam como catalisadores das mais diferentes funções. No corpo humano foram encontradas milhares delas; aquelas implicadas na digestão são somente doze.
Utilizando o mesmo exemplo dado pelo Dr. Howell em seu livro Enzyme Nutrition, é como se, ao nascer, o ser humano recebesse uma doação muito grande, embora limitada, de enzimas - ou energia vital - como se fosse uma soma de dinheiro depositada no banco. Se, durante a vida, se retira energia vital desta conta, sem nunca ter o cuidado de fazer depósitos nela, chegará o momento em que esta se esgotará.
Se tomarmos, por exemplo, uma maçã e a comemos crua, aproveitaremos as enzimas ativas que promovem a sua fácil digestão. Trata-se das mesmas enzimas que provocam a putrefação do fruto quando ele não é utilizado. Quando isto acontece com um fruto caído da árvore sobre o solo, resulta numa devolução de nutrientes orgânicos à nossa Mãe Terra, completando assim o ciclo vital do fruto. Se as condições são favoráveis, é até possível às sementes brotarem, dando lugar ao nascimento de uma nova planta.
Retornando ao nosso exemplo, a situação será diferente se comermos o alimento cozido. Neste caso, as enzimas estão inativas (as enzimas são compostas por dois elementos que, ao serem expostos a uma temperatura superior a 50º centígrados, ou a certo tipo de radiação, distanciam-se tanto entre elas a ponto de resultarem inertes) e nosso corpo deverá proporcionar as enzimas digestivas necessárias, valendo-se da reserva de energia vital. Quando a alimentação é constituída na maioria por produtos cozidos e processados industrialmente, o que fazemos é retirar continuamente de nossa conta bancária. É desta forma que, na produção das doze enzimas digestivas, investimos a maior parte de nossa reserva de energia. O prejuízo, ao cozinhar os alimentos, não se limita à perda total das enzimas, perdem-se em forma considerável também as vitaminas - às vezes totalmente como no caso da vitamina B12 - e acontecem alterações das graxas, minerais e proteínas que deixam de ser metabolizadas do mesmo jeito de antes, convertendo-se, muitas vezes, em toxinas. No caso do forno microondas o quadro é ainda mais grave pelo fato que suas intensas radiações destroem completamente o campo energético dos alimentos, desvitalizando-os e modificam mais ainda sua estrutura molecular que não é reconhecida geneticamente pelo nosso metabolismo que entra em estado de alerta como quando na presença de agentes patogênicos. Este fenômeno, chamado de leucocitose digestiva, acontece cada vez que for ingerido algum alimento cozido ou processado (também balas, bolachas, salgadinhos, refrigerantes). O número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue aumenta e se normaliza somente depois de hora e meia depois de cada refeição. Isto não acontece com os alimentos crus.
As gorduras, por exemplo, em estado natural - cru -, contêm também elementos ativos que permitem a sua metabolização. Ao cozinhar, se perde este elemento, saturando as graxas numa forma que o organismo não pode metabolizar. Por esta razão é que o abacate e as sementes oleaginosas sem torrar - sempre que ingeridos com moderação - não produzem acúmulo de graxas saturadas prejudicial para a saúde, diferente das carnes, óleos, manteiga, margarina e azeite cozidos. É fundamental reduzir ao mínimo o consumo de graxas cozidas e saber que somente os azeites e óleos prensados a frio mantêm intactos seus valores nutritivos. Em todos os demais casos, as sementes e as azeitonas foram tratadas com altas temperaturas para obter uma maior quantidade de azeite.

O Excesso de Proteínas Prejudica a Nossa Saúde

Um dos grandes preconceitos de nossa época é a obsessão pelas proteínas. É importante esclarecer que praticamente todos os alimentos naturais contêm proteínas, sendo quase impossível uma deficiência protéica; é preciso chegar a casos extremos de desnutrição para que isto aconteça. Por outro lado, a necessidade de proteínas para o organismo é muito inferior àquela propagandeada com claras finalidades comerciais. Na composição do leite materno as proteínas representam somente entre o 2 e o 6%. Pode-se dizer que, tão importantes como as proteínas, e até talvez mais, são as vitaminas, os minerais, as enzimas e os oligo-elementos que, para ser energeticamente ativos precisam ser de proveniência natural. É interessante observar que os minerais e as vitaminas de mais fácil absorção são aqueles de origem vegetal. Vitaminas e minerais sintetizados em laboratórios, em cápsula ou adicionados aos alimentos, não são completamente metabolizados pelo nosso organismo e resultam numa carga maior de trabalho de eliminação. O ferro adicionado, por exemplo, aos achocolatados traz muitas vezes como efeito colateral intestino preso e raramente consegue melhorar quadros de anemia.
Voltando ao tema das proteínas, outro aspecto chave é que nosso corpo é perfeitamente capaz de produzi-las na medida necessária, sempre que lhe sejam fornecidos os materiais básicos, os aminoácidos, os quais são encontrados em forma facilmente metabolizável em vegetais e grãos, especialmente na etapa de germinação. Os aminoácidos são 22, 12 são sintetizados diretamente no nosso organismo, 8, chamados essenciais, precisamos obtê-los a través dos alimentos. Todos os oito aminoácidos essenciais se encontram nos alimentos de origem vegetal não processados. Mais ainda, quando o corpo recebe os aminoácidos essenciais diretamente, como no caso de vegetais e brotos, está dispensado do trabalho de decompor as proteínas complexas em aminoácidos.
A eliminação das proteínas em excesso (especialmente se de origem animal) sobrecarrega fígado e rins estressando-o. Este processo de eliminação precisa de grandes quantidades de cálcio provocando perda óssea e cálculos renais devido à grande concentração de cálcio na urina. Outro produto que facilita a perda do cálcio ósseo é o açúcar refinado que o corpo aciona para neutralizar a hiperglicemia repentina que este provoca.
Observa-se também, durante o processo da germinação, uma potencialização dos valores nutritivos e da energia vital da semente. Isto é fácil de entender se pensarmos que a semente, antes de brotar, contém - em estado latente - toda a informação necessária para o crescimento da planta completa. Quando germina, este potencial todo entra em movimento numa explosão energética comparável à do Big Bang de que falam os astrofísicos contemporâneos. Esta é a contribuição inestimável que nos dão as sementes germinadas, sempre que forem ingeridas no seu estado natural - cru - que resulta em importantes depósitos de energia vital a favor de nossa “reserva bancária”.
Os Resultados de uma Vida Inteira de Hábitos Alimentares Errados são os Problemas de Saúde que afetam a Maioria das Pessoas

MÁ NUTRIÇÃO E TOXEMIA
A causa comum de toda enfermidade é a má nutrição, da qual deriva a toxemia (alto nível de toxinas em nossas células). A má nutrição deve-se à desordem na alimentação e à ingestão de alimentos que satisfazem apenas ao paladar, enchem a barriga, mas são deficientes em nutrientes e qualidades vitais.
Quando nossos veículos físicos não recebem os nutrientes necessários para a reprodução de novas células, são obrigados a construir com aquilo que encontram; pedindo, a distintas partes do corpo, doações de materiais básicos indispensáveis. O resultado é uma lenta e progressiva deterioração dos órgãos e tecidos e de suas funções, que termina produzindo a doença. O envelhecimento precoce do ser humano tem sua origem principal na má nutrição e no sedentarismo.
Podemos observar que os animais, depois da juventude, passam por uma maturidade que se estende praticamente até o final de suas vidas, quando vivenciam um rápido declínio antes da morte. O ser humano parece começar a envelhecer já a partir dos quarenta anos, durando assim sua velhice, às vezes a metade da vida. Das 8.400.000 espécies que existem na Natureza, 8.399.999 comem alimentos que estão no próprio estado natural - não cozidos. O ser humano parece ser o único que está sujeito a maior quantidade de problemas relacionados com a saúde.
A toxemia depende de uma série de fatores que vão se somando. O ar contaminado das concentrações urbanas, a água com seus minerais nem sempre metabolizáveis, o stress, o abuso de álcool, tabaco, carnes, remédios, drogas, excitantes, o estar em contato com elementos tóxicos no lugar de trabalho ou em casa, são todos fatores que contribuem para o excesso de concentração de toxinas no organismo. Mas a causa principal encontra-se nos alimentos do mundo contemporâneo. Os resíduos de agrotóxicos nos vegetais, de hormônios e antibióticos em carnes e ovos, de químicos utilizados para processar alimentos como, por exemplo, para branquear o açúcar, a farinha, o sal, de conservantes nas carnes frias e nos produtos em lata e em garrafa, os corantes e sabores artificiais, as vitaminas sintéticas adicionadas que o organismo não metaboliza, etc.
Outro fator que contribui para a intoxicação do nosso corpo é comer de novo quando não se tem ainda completada a digestão e comer quando irritado ou ressentido. Isto transforma tudo aquilo que está no estômago em sustância tóxica, uma sobrecarga de trabalho para o sistema de eliminação. A mesma coisa acontece quando ingerimos alimentos que precisam de tipos diferentes de digestão como, por exemplo, comida cozida e fruta. Frente à mistura de alimentos não compatíveis os organismos mais sensíveis reagem imediatamente, apresentando sintomas como azia, peso, gases, sentir de novo um sabor de algo já ingerido, fezes soltas, etc. Mas é importante compreender que, nos organismos das pessoas que têm uma digestão ótima (dos quais se diz que podem digerir até as pedras), mesmo quando não se manifestam os inconvenientes mencionados, apresenta-se igualmente a acumulação de toxinas resultante da mistura inadequada. É de extrema importância o “bom astral” de quem prepara os alimentos, por isso a comida da mãe, se feita com amor, nos faz bem. As atitudes, emoções e pensamentos de quem trabalha na cozinha são absorvidas pelos alimentos e recebidas por aqueles que os consomem. O habito de abençoar a comida com gratidão ajuda enormemente a purifica-los, sintonizando as freqüências dos alimentos com as freqüências dos nossos corpos.
O acúmulo das substâncias tóxicas debilita o sistema imunológico, conseqüentemente, o organismo não será capaz de resistir à presença de elementos patogênicos. Compreender que a toxemia é a causa fundamental de todas as doenças, permite definir claramente o caminho até a saúde: favorecer a eliminação dos venenos e fortalecer o sistema natural de imunidade, introduzindo no corpo os alimentos capazes de fornecer as substâncias nutrientes necessárias para seu bom funcionamento.
A causa comum de toda enfermidade é a má nutrição, da qual deriva a toxemia (alto nível de toxinas em nossas células). A má nutrição deve-se à desordem na alimentação e à ingestão de alimentos que satisfazem apenas ao paladar, enchem a barriga, mas são deficientes em nutrientes e qualidades vitais.
Quando nossos veículos físicos não recebem os nutrientes necessários para a reprodução de novas células, são obrigados a construir com aquilo que encontram; pedindo, a distintas partes do corpo, doações de materiais básicos indispensáveis. O resultado é uma lenta e progressiva deterioração dos órgãos e tecidos e de suas funções, que termina produzindo a doença. O envelhecimento precoce do ser humano tem sua origem principal na má nutrição e no sedentarismo.
Podemos observar que os animais, depois da juventude, passam por uma maturidade que se estende praticamente até o final de suas vidas, quando vivenciam um rápido declínio antes da morte. O ser humano parece começar a envelhecer já a partir dos quarenta anos, durando assim sua velhice, às vezes a metade da vida. Das 8.400.000 espécies que existem na Natureza, 8.399.999 comem alimentos que estão no próprio estado natural - não cozidos. O ser humano parece ser o único que está sujeito a maior quantidade de problemas relacionados com a saúde.
A toxemia depende de uma série de fatores que vão se somando. O ar contaminado das concentrações urbanas, a água com seus minerais nem sempre metabolizáveis, o stress, o abuso de álcool, tabaco, carnes, remédios, drogas, excitantes, o estar em contato com elementos tóxicos no lugar de trabalho ou em casa, são todos fatores que contribuem para o excesso de concentração de toxinas no organismo. Mas a causa principal encontra-se nos alimentos do mundo contemporâneo. Os resíduos de agrotóxicos nos vegetais, de hormônios e antibióticos em carnes e ovos, de químicos utilizados para processar alimentos como, por exemplo, para branquear o açúcar, a farinha, o sal, de conservantes nas carnes frias e nos produtos em lata e em garrafa, os corantes e sabores artificiais, as vitaminas sintéticas adicionadas que o organismo não metaboliza, etc.
Outro fator que contribui para a intoxicação do nosso corpo é comer de novo quando não se tem ainda completada a digestão e comer quando irritado ou ressentido. Isto transforma tudo aquilo que está no estômago em sustância tóxica, uma sobrecarga de trabalho para o sistema de eliminação. A mesma coisa acontece quando ingerimos alimentos que precisam de tipos diferentes de digestão como, por exemplo, comida cozida e fruta. Frente à mistura de alimentos não compatíveis os organismos mais sensíveis reagem imediatamente, apresentando sintomas como azia, peso, gases, sentir de novo um sabor de algo já ingerido, fezes soltas, etc. Mas é importante compreender que, nos organismos das pessoas que têm uma digestão ótima (dos quais se diz que podem digerir até as pedras), mesmo quando não se manifestam os inconvenientes mencionados, apresenta-se igualmente a acumulação de toxinas resultante da mistura inadequada. É de extrema importância o “bom astral” de quem prepara os alimentos, por isso a comida da mãe, se feita com amor, nos faz bem. As atitudes, emoções e pensamentos de quem trabalha na cozinha são absorvidas pelos alimentos e recebidas por aqueles que os consomem. O habito de abençoar a comida com gratidão ajuda enormemente a purifica-los, sintonizando as freqüências dos alimentos com as freqüências dos nossos corpos.
O acúmulo das substâncias tóxicas debilita o sistema imunológico, conseqüentemente, o organismo não será capaz de resistir à presença de elementos patogênicos. Compreender que a toxemia é a causa fundamental de todas as doenças, permite definir claramente o caminho até a saúde: favorecer a eliminação dos venenos e fortalecer o sistema natural de imunidade, introduzindo no corpo os alimentos capazes de fornecer as substâncias nutrientes necessárias para seu bom funcionamento.

Ou citando novamente Hipócrates:
“Doenças atacam as pessoas não como um raio em céu azul mas são conseqüências de contínuos erros contra a Natureza”

Alimentos crus
Ernst Bauer
Tenho 85 anos. Exerço a medicina há 20 anos em Arosa, Suíça. Meu pai era médico rural e conheci os limites da medicina convencional convivendo com doenças crônicas já na minha juventude. De constituição bastante frágil, procurava ampliar as possibilidades da medicina convencional com métodos alternativos. Hoje, considero alimentação e jejum os mais importantes. O famoso médico suíço, Dr. Max Bircher-Benner (1867-1993), ouviu falar dos incríveis efeitos da alimentação crua. Experimentou e ficou perplexo com o resultado. Naquela época, todas as crianças com doença abdominal morriam. A clínica pediátrica do Hospital Universitário de Zurique encaminhou quatro crianças ao Dr. Bircher-Benner. Retornaram curadas. Sua alimentação consistia, principalmente, de bananas frescas, depois substituídas por maçãs frescas, com o mesmo resultado. Também as crianças diabéticas foram beneficiadas com uma dieta exclusiva de frutas frescas. O Dr. Bircher-Benner apresentou ao Dr.Joseph Evers, na Alemanha, três pacientes que ficaram livres de esclerose múltipla, uma doença considerada incurável. O Dr. Evers começou, então, a tratar pacientes portadores de esclerose múltipla e outras doenças consideradas incuráveis, com resultados surpreendentes. Em reunião da Associação Alemã de Neurologia, o Dr. Evers apresentou suas radiografias e a estatística, mostrando que — ao iniciar a alimentação com frutas e verduras frescas dentro do período de um ano após o aparecimento dos sintomas — 94% dos portadores de esclerose múltipla ficavam curados. O Dr. Evers, falecido em 1975, não utilizava medicamentos, somente alimentação. Em seu livro "Warum Evers-Diät?" (Porque a dieta Evers?), ele afirma: "O sucesso é a melhor prova de que uma teoria está correta." O Dr. Honekamp, diretor clínico de uma clínica psiquiátrica alemã, documentou, em seu livro sobre a cura de doenças mentais com produtos naturais, como conseguiu curar pela alimentação crua, com poucas exceções, os pacientes internados em sua clínica. Entretanto, ele mostrou que a esquizofrenia crônica só pôde ser curada após quatro anos. Tudo foi esquecido até recentemente, quando o físico Fritz Popp descobriu que os nutrientes vivos irradiam fótons. Essas pequenas partículas de luz aparentemente protegem o sistema imunológico e destroem células cancerígenas. Quando aquecemos os alimentos vivos, a irradiação se torna muito forte e depois cessa — os alimentos estão mortos. No livro "Biologie des Lichts" (Biologia da luz), publicado em 1984, ele descreve os princípios da irradiação extremamente fraca das células. Uma enfermeira do hospital da Universidade de Zurique estava morrendo. Anos antes, haviam-lhe retirado um tumor maligno da mama. Mais tarde, apareceram metástases no fígado. Quando o tumor reapareceu por uma terceira vez, após duas quimioterapias, acreditavam que nada mais poderia ser feito. Era Natal e seus amigos vieram despedir-se dela. Uma amiga lhe falou da alimentação crua e logo trouxe frutas e hortaliças frescas. No dia seguinte, a enfermeira já pôde deixar a alta dose de morfina que estava tomando contra as dores e levantar. A cada dia, ficava de pé durante mais tempo. Como podemos explicar este efeito imediato sobre tumores malignos? A pesquisadora em oncologia, Virginia Livingston, de San Diego, EUA, descreve em seu livro "The Conquest of Cancer" (A conquista do câncer) que os alimentos vivos, as frutas e as hortaliças contêm um ácido, um sub-produto da vitamina A, que também é produzido no fígado. Essa substância freia o câncer, mas é sensível ao calor. Cenouras cozidas no vapor só contém 1% a 2% da quantidade do ácido que as cenouras cruas contêm. Recomendo aos pacientes em minha clínica — e eu mesmo me alimento desta forma:
Comer apenas o que nasce na natureza.
Disso, só comer aquilo que temos vontade, apenas na quantidade que o corpo pede e quando sentimos fome.
Consumir os alimentos assim como a natureza nos oferece, sem misturar, sem temperos, sem aquecer.
Sempre que possível, comer os alimentos isentos de agrotóxicos e adubos químicos.
Como podemos saber se uma fruta é saudável ou prejudicial? Só nosso instinto pode nos dizer isso. Cada ser vivo tem sua voz interior, inclusive as bactérias e os vírus. O ser humano é o único ser vivo que não segue sua voz interior, nós nos achamos superiores. Porém, se não seguimos esta voz, surge o efeito contrário, o vício. O adulto é viciado no fumo, em alimentos desnaturados, cozidos etc. Após um jejum, estes vícios desaparecem. O instinto, a voz interior, está de volta, como em um recém-nascido. Se comemos alimentos cozidos, há um aumento dos glóbulos brancos após a refeição — como se tivéssemos ingerido veneno. Nosso sistema imunológico, neste caso, está ocupado de manhã até a noite enfrentando os tóxicos que introduzimos com a alimentação aquecida, em vez de se defender contra germes e destruir células cancerígenas. Ao dar alimentação cozida para animais selvagens, saudáveis — como fizeram Mac Carrison na Inglaterra e o Prof. Kollath na Alemanha — estes adoecem com nossas doenças da civilização e morrem. Se acrescentamos vitaminas da farmácia, morrem alguns dias mais tarde. Entretanto, se os colocamos em liberdade para que voltem a se nutrir com alimentos vivos, seguindo o seu instinto, eles se recuperam. O mais interessante: animais, antes dóceis, tornam-se agressivos com nossa alimentação desnaturada e se agridem.
Fonte: Palestra apresentada durante o Congresso Vegetariano em Widnau, Suíça, 1999
A culinária para domar o crime

Há algum tempo, os presidiários usavam limas para escapar da prisão, agora usam garfo e faca Em Pitkin, Colorado, 500 prisioneiros passaram por um regime isento de alimentos nocivos e receberam refeições compostas de alimentos naturais. Um estudo mostrou que, desde sua liberação até o fim do estudo, nenhum prisioneiro teve problemas com a lei. Em Doughty, Geórgia, todo ofensor juvenil passa por um teste bioquímico e recebe suplementos nutricionais para ajudar a corrigir qualquer desequilíbrio químico. O crime juvenil quase parou — uma agradável exceção à tendência em muitas comunidades americanas. Em Cuyahoga Falls, Ohio, 600 criminosos receberam educação nutricional e começaram uma dieta que enfatiza refeições leves, cereais integrais, frutas e hortaliças frescas. 89% deles não cometeram outro crime. É pura verdade que má nutrição e mau comportamento estão intimamente ligados. Entretanto, as pessoas que dirigem o milionário sistema de justiça criminal americano estão apenas começando a acordar para esse fato. Estão sendo despertadas por um pequeno grupo de homens e mulheres conscientes de que nenhuma abordagem de reabilitação criminal, assistência social, psicoterapia, terapia de grupo, psiquiatria, treinamento acadêmico e vocacional pode funcionar a menos que tenha o suporte de uma boa alimentação. “Dos quase dois milhões de criminosos na prisão, mais de 70% já estiveram presos antes”, Alex Schauss nos contou, “portanto, algo tem que estar errado com o modo de reabilitação da maioria dos criminosos”. Schauss é um ex-oficial da Comissão de Treinamento da Justiça Criminal do Estado de Washington. Ele supervisionou o treinamento dos oficiais encarregados da liberdade condicional e da liberdade assistida — os homens que lidam com criminosos fora da prisão. Para os manter do lado de fora, Schauss elaborou um curso chamado “Química Corporal e Comportamento Delinqüente”. O curso abrange informações detalhadas sobre saúde, incluindo alimentação, vitaminas, minerais, estresse, alergias a alimentos e exercícios físicos, que o oficial repassa ao ofensor. Será que este tipo de abordagem pode realmente amolecer um criminoso insensível? “Nenhum oficial me procurou e disse que esta abordagem não funciona. E, se não funcionasse, eu estaria sabendo disso”, disse Schauss. Estudos confirmam essa afirmação.
Veja também o livro de ALEXANDER SCHAUSS e o artigo "Aspectos genéticos e bioquímicos da criminalidade".

Uma experiência no Taiti
Edmond Bordeux Szekely

A minha maravilhosa expedição ao Taiti nasceu do interesse por uma doença muito temida na antigüidade: a lepra. Havia estudado esta doença e os métodos utilizados pelos Essênios. Sua cura era baseada em uma combinação de jejum, de ar, de água, de plantas e de alimentos naturais.
Queria experimentar esses métodos, que considerava eficazes. Meu único problema era encontrar um leprosário onde pudesse colocar em prática minhas idéias com toda liberdade.
Descobri uma colônia de leprosos em Orofara, no arquipélago do Taiti, na Polinésia Francesa, ao sul do Oceano Pacífico. Encontrei uma situação realmente horrível. Embora o Taiti tenha clima tropical e no norte da França esteja nevando no inverno, esses pobres doentes estavam sendo tratados de acordo com manuais publicados no norte da França. Isso quer dizer, uma dieta exclusivamente de alimentos enlatados. Como encontrei uma quantidade enorme de latas, a primeira coisa foi organizar uma brigada chamada de "lançadores de latas". Passamos um dia inteiro arremessando as latas no oceano! Em seguida, tive que falar com os parentes dos leprosos, que vinham visitá-los regularmente. Pedi que trouxessem frutas e verduras frescas nas visitas. As famílias ficaram muito contentes, sentindo finalmente uma possibilidade de participarem do tratamento. E, mais importante, pela primeira vez sentiram esperança. Encontrar os alimentos necessários não era problema naquela ilha viçosa havia uma variedade imensa de frutas e vegetais.
O método de tratamento usado estava tão ultrapassado quanto a comida enlatada: ainda davam injeções com azul de metileno, que obviamente não faziam efeito. Por isso, introduzi um jejum, banhos de sol, exercícios na água e uma alimentação inteiramente crua, aplicando exatamente os métodos que os antigos Essênios usavam. Os meus pacientes se adaptaram ao novo regime sem incidentes, com uma exceção. O obstáculo surgiu quando tentei introduzir exercícios. A doença causa um estado de terrível letargia e as enfermeiras se queixavam que não havia meio de persuadir os doentes a fazerem os exercícios prescritos.
Encontrei a resposta, olhando pela janela para um lindo riacho. Reuni alguns auxiliares musculosos e literalmente jogamos todos os doentes dentro do riacho! Obviamente eles protestaram — a água no riacho estava fria — mas os meus auxiliares não os deixaram sair. Não havia outra saída a não ser mover braços e pernas.Quanto mais se mexiam, menos desagradável era a temperatura da água. Após alguns dias desse balé compulsório na água, eu conseguia organizar exercícios sistemáticos. Eles estavam se habituando a movimentar-se e, na realidade estavam gostando de fazer exercícios pela primeira vez em muitos anos.
Não passou muito tempo para que a minha adaptação do método Essênio começasse a causar uma grande melhoria nos leprosos. Onde havia mutilações, só pudemos evitar que a doença progredisse. Entretanto, na grande maioria dos casos, houve melhoria espetacular e até cura. Na ilha havia um excelente fotógrafo e tiramos um grande número de fotografias das diferentes fases da melhoria gradativa. Essas fotos ilustram os resultados maravilhosos conseguidos pelos métodos Essênios de cura natural.

Edmond Bordeaux Székely é descendente de Csoma de Körös, filólogo que há 150 anos compilou a primeira gramática da língua tibetana, um dicionário inglês-tibetano e escreveu a famosa obra Asiatic Researches. Dr. Bordeaux recebeu o Ph.D. pela Universidade de Paris e outros títulos das universidades de Viena e Leipzig. Conhecido filólogo em sanscrito, aramaico, grego e latim, ele falava dez línguas modernas e é autor de mais de 80 livros publicados em muitos países sobre filosofia e culturas antigas. Suas publicações sobre os Essênios e a vida biogênica atraiu interesse mundial. Em 1928 fundou a Sociedade Internacional Biogênica com Romain Rolland, Prêmio Nobel de Literatura.

Teoria metabólica da lepra
A aventura de Edmond Székely ilustra estudos que foram publicados mais tarde pelo Dr. Meny Bergel, então Diretor do Instituto de Investigações Leprológicas, em Rosario, na Argentina. Em 1982, Professor Bergel publicou o estudo analítico "Lepra (A Doença de Hansen ) não é uma doença infecciosa” e, em 1991, publicou a "Teoria Metabólica de la Lepra". Nesses estudos, Dr. Bergel expõe seu conceito da lepra como doença de origem não infecciosa — nem produzida pelo bacilo de Hansen — mas metabólica, causada por uma alteração nos processos de auto-oxidação no organismo humano. Em resumo, ele mostra o perfil metabólico do hanseniano como sendo o seguinte: Níveis baixos de vitamina E, vitamina A, colesterol total, ácido linoléico, ácido alfa linoléico, prostaglandina E 2, selênio e zinco. Nível alto de colesterol HDL.

Efeitos da temperatura sobre a vida

Rev. George Malkmus
Depois de eu ter recebido o diagnóstico de câncer do cólon, em 1976, o evangelista Lestor Roloff me aconselhou a mudar meus hábitos alimentares, da alimentação americana padrão (baseada no consumo de carne), consumida no mundo inteiro, para a alimentação de alimentos vivos, a alimentação da Bíblia, descrita em Gênesis 1:29. Comecei a melhorar quase que imediatamente!! Após um ano da nova alimentação, o meu tumor, do tamanho de uma bola de beisebol, havia desaparecido, assim como todos os meus outros problemas físicos. Esta experiência foi o começo de uma procura que continua até os dias de hoje (27 anos depois), estudando tudo o que posso sobre esse corpo físico que Deus me deu e como conquistar e manter boa saúde. Minha busca pelo conhecimento da saúde perfeita tem sido muito interessante e, às vezes, difícil, embora as bases tenham sempre sido simples, bem definidas e seguras! Desde o início de minha busca, aprendi que meu corpo é um organismo vivo, composto de células vivas, criado por Deus para ser nutrido com alimentos vivos (crus)! Portanto a alimentação dos alimentos vivos, a alimentação em Gênesis 1:29, que Deus deu à humanidade desde o início, condizia perfeitamente com aquilo que eu estava aprendendo e fazia muito sentido. Me dei conta também, que todo animal selvagem criado por Deus — que seja carnívoro ou vegetariano — consumia seus alimentos em sua forma natural, crua, desde a criação.
Eu quero falar com vocês da temperatura dos alimentos que ingerimos, porque a temperatura pode fazer a diferença entre vida e morte. Notem que, nos parágrafos anteriores, enfatizei as palavras “vivo” e “cru”! Entre todas as coisas que aprendi nos últimos 27 anos, nada foi mais importante do que saber se os alimentos que como estão vivos (crus) ou mortos (cozido)!
Eis porque. A temperatura de nosso corpo é de aproximadamente 37ºC. Se a temperatura de algum ente querido sobe acima de 40ºC, ficamos muito preocupados e com razão. À temperatura de 42ºC, as células do nosso cérebro começam a morrer e, quando a temperatura interna chega a 43ºC, a pessoa geralmente morre! Em 2001, Korey Stringer, um jogador americano de críquete, desmaiou durante o treinamento. A temperatura do seu corpo estava em 43ºC. Na manhã seguinte, ele morreu da insolação.
Muitas vezes, em meus seminários, eu conto a história verdadeira de duas mães que deixaram seus filhos no carro, em um dia quente e ensolarado de verão. Quando a primeira mãe correu com o filho para o hospital, a sua temperatura interna estava em 42º. A criança sobreviveu, mas sofreu graves danos cerebrais permanentes. A segunda mãe encontrou seu filho inconsciente, porém ainda respirando. Correu para o hospital, onde foi constatado que a temperatura interna da criança estava em 43ºC. A criança morreu!
Por que estou lhes contando essas histórias tão tristes? Porque da mesma forma como a temperatura afeta a vida do corpo humano, a temperatura também afeta a vida dos alimentos que comemos! Na temperatura de aproximadamente 42ºC, a força vital dos alimentos começa a desaparecer e as enzimas começam a morrer. Na temperatura de aproximadamente 50ºC toda a atividade das enzimas cessa e o alimento morre! Em outras palavras, o calor destruiu a sua força vital.
Lembre-se que o seu corpo é um organismo vivo, composto por células vivas, criadas por Deus para serem nutridas por alimentos vivos (crus). A alimentação que Deus deu à humanidade, em Gênesis 1:29, foi uma alimentação viva, de alimentos crus! Como é que eu sei disso? O fogo ainda não havia sido descoberto e sabemos que não havia fogão elétrico, a gás, ou microondas, para cozinhar. A base da Alimentação Aleluia é consumir a maioria dos nossos alimentos na sua forma natural, crua, viva, como fornecida pela natureza. Esta é a chave para a vida física!
_____ Fonte: Revista “Back to the Garden” publicada por Hallelujah Acres www.hacres.com

Deficiência nutricional

Câncer é uma doença clássica de deficiência nutricional. Quando você examina o estilo de vida de um doente com câncer, durante os anos antes do diagnóstico, você encontra, quase invariavelmente, uma série de fatores prejudiciais. Essas pessoas comeram muito mais alimentos cozidos e industrializados do que alimentos naturais, frescos e crus. Eles comeram muito açúcar e doces.
É importante salientar que alimentos crus são essenciais para a prevenção do câncer. Alimentos crus e suplementos naturais permitiram que eu (e outros) superassem o câncer do colo. Recebia nutrição ótima e oxigênio adicional para o meu organismo. Alimentos cozidos, industrializados, não contêm oxigênio.
A água fervida para preparar chá ou café, ou simplesmente beber para aquecer o corpo, também não contém oxigênio. Entretanto, o oxigênio é necessário para evitar que as células se tornem anaeróbicas ou radicais. Precisamos lembrar: as células do câncer só proliferam onde não existe oxigênio. Se nós não respiramos profundamente ar fresco e puro a cada dia, durante alguns minutos, se não comemos alimentos crus que contêm oxigênio, se não recebemos oxigênio em água limpa — então estamos vulneráveis a câncer e outras doenças degenerativas (Elizabeth Baker, autora de sete livros famosos nos EUA).

APPLETON, Wisconsin –
Uma revolução ocorreu. Aconteceu na Escola Alternativa Central. As crianças agora estão comportadas. Os corredores não estão agitados. Até os professores estão felizes. A escola estava fora do controle. As crianças escondiam armas. Problemas de disciplina inundava o gabinete do diretor. Mas não desde 1997. O que aconteceu? Eles demarcaram todos os centímetros com policiais? Eles espirraram gás de valium nas salas de aula? Eles instalaram detectores de metal nos banheiros? Eles construíram celas de presídio no ginásio? Temo que não. Em 1997 um grupo particular chamado "Fornos Naturais" começou a estabelecer um programa de alimentação saudável. Uuh? Sanduíches, batata frita, e "burritos" foram substituídos por saladas frescas, vegetais "preparados com receitas antigas", e pão totalmente integral. Frutas frescas foram adicionadas ao cardápio. Chegou água boa para se beber. As máquinas de venda foram retiradas. Conforme relatado no folheto chamado Fatos Puros, "as notas aumentaram, ausência não é mais um problema, os argumentos são raros, e os professores podem gastar seu tempo ensinando. "A diretora, LuAnn Coenen, que preenche o relatório anual com o estado de Wisconsin, viu-se com resultados incríveis desde 1997. Ausências? Alunos expulsos? Alunos descobertos usando drogas? Carregando armas?Cometendo suicídios? Cada categoria virou um ZERO. Todo ano. Mary Bruyette, uma professora, declara, "Eu não tenho que lidar diariamente com problemas de disciplina. Eu não tenho interrupções na aula ou dificuldades com comportamento dos alunos que eu vivenciei antes de ter começado o programa de alimentos". Um aluno afirmou, "Agora que eu posso me concentrar eu acho que é mais fácil me entender com as pessoas" Que idéia comer alimentos saudáveis aumenta a concentração.
A Diretora Coenen faz os cálculos: "Eu não posso comprar o argumento que é mais caro para as escolas prover uma boa nutrição para seus alunos. Eu descobri que um custo reduzirá o outro. Eu não tenho vandalismo. Eu não tenho resíduo. Eu não preciso de alta segurança.. "Em uma escola de ensino médio vizinha, um novo programa de alimentos está pegando. Um professor de lá, Dennis Abram, relata, "Eu ensino aqui há mais de 30 anos. Eu vejo as crianças este ano mais calmas, mais fáceis de conversar. Eles simplesmente parecem mais racionais. Eu tinha pensado em me aposentar este ano e basicamente eu decidi ensinar mais um ano--- eu estou me divertindo muito! Fatos Puros, o folheto que conta esta estória, é publicado por um organização não lucrative chamada Associação "Feingold" que existe desde 1976. Parte do seu objetivo é "gerar consciência pública do potencial da função dos alimentos e aditivos sintéticos no aprendizado e problemas de saúde. O programa (Feingold] é baseado numa dieta que elimina cores sintéticas, sabores sintéticos e conservantes BHA, BHT e TBHQ." Trinta anos atrás havia um Dr. Feingold. Seu trabalho de descoberta foi um avanço revolucionário. As descobertas de Feingold foram logo jogadas fora pelo cartel médico, já que estas descobertas ameaçaram os "remédios para tudo", conceito de doença-modelo da assistência médica moderna. Mas os seguidores de Feingold mantiveram seu trabalho vivo. Se o que aconteceu em Appleton, Wisconsin, fosse feito em muitas outras comunidades através da América, talvez as corporações ávidas que invadem o espaço da escola com suas máquinas de venda e lanches ficariam para trás. Poderia acontecer. E talvez ADHD transformasse-se num dinossauro. Uma não-doença que fosse atribuída uma vez ao cérebro químico nômade. E talvez Ritalin será visto como apenas outro produto químico tóxico que foi adicionado aos corpos das crianças numa tentativa enlouquecida de colocar uma tampa no comportamento que, em parte, foi o resultado de uma subversão do fornecimento de alimentos. Para aqueles leitores que me nos pedem soluções aos problemas dizemos aqui está a verdadeira solução. Ajude estes grupos. Envolva-se. Encare o desafio. As companhias de medicamentos não estão fazendo isto. Elas estão ocupadas calculando o tamanho de seus mercados potenciais. Estão construindo oleodutos químicos nas mentes e corpos dos jovens. Toda grande revolução começa com um passo. Vozes como Forno Naturais e a Associação Feingold fizeram fortes cortes fortes na grande rocha da ignorância e avareza.)

Tratamento com alimentos crus

Dra. Kirstine Nolfi
Antes que me desse conta da importância dos alimentos crus, minha atitude era exatamente a mesma de outros médicos — tratava dos sintomas da doença, sem pensar na prevenção. No futuro, encontrar meios de prevenção, muito mais do que fazemos hoje, deveria ser dever da profissão médica ao invés de tentar curar quando já é tarde. Adotei uma alimentação exclusivamente crua porque fiquei gravemente doente. Tive câncer da mama. A doença, é claro, havia sido precedida de má nutrição e maus hábitos durante doze anos de formação hospitalar. Inicialmente, descobri um pequeno nódulo no seio direito. Cansada e sem ânimo, não prestei muita atenção ao nódulo até cinco semanas mais tarde. Descobri que estava do tamanho de um ovo de galinha. Havia crescido aderindo à pele — um sinal característico do câncer. Como médica, estava suficientemente bem informada para não querer me submeter ao tratamento geralmente usado nesses casos. Lembrei, então, de passar para uma alimentação 100% vegetariana crua.
Parti em busca da natureza. Vivi durante algum tempo em uma pequena ilha. Tomava banhos de sol durante várias horas por dia, dormia em uma barraca e tomava banhos de mar. Alimentei-me exclusivamente de frutas e hortaliças cruas. Mais tarde, introduzi esse hábito de vida no sanatório Humlegaarden.

Após dois meses, comecei a melhorar. O nódulo foi regredindo e minhas forças voltaram. Aparentemente, estava curada e me sentia muito bem. Após um ano de boa saúde — persuadida pelo Dr. Hindhede — tentei voltar, a título de experiência, a uma alimentação vegetariana que incluía 50% de alimentos vegetais cozidos. Não deu outra. Após alguns meses, comecei a sentir uma dor aguda no seio onde o tumor havia aderido à pele. A dor aumentou e percebi que o câncer estava crescendo novamente. O câncer voltara devido aos alimentos cozidos. Mais uma vez, voltei à alimentação crua. A dor diminuiu rapidamente e eu me senti menos cansada. Como médica, achei que deveria usar a experiência adquirida para ajudar outras pessoas doentes. Sob minha iniciativa, foi criada uma sociedade anônima que comprou a propriedade Humlegaarden. Bem adequada ao meu propósito, ela foi adaptada como sanatório onde todos os doentes e funcionários seguiam somente a alimentação crua.

Alimentos crus são vivos

Por que será que a alimentação 100% crua exerce um efeito tão benéfico para as pessoas que a adotam? Em primeiro lugar, isso ocorre porque o alimento cru é um alimento vivo, tal como nos oferece a Natureza. É somente a planta, com suas finas folhas verdes abertas, que consegue absorver a luz solar e transformá-la em raízes, tubérculos, frutas e sementes. Por isso, tanto homens como animais usam as plantas para proporcionar energia solar ao seu organismo.
Chamo os alimentos crus de alimentos vivos, ao contrário dos alimentos cozidos, que considero alimentos mortos. Devemos cuidar para que os alimentos não contenham substâncias que contrariam a química do organismo, para que os resíduos não fiquem retidos por muito tempo e apodreçam no intestino grosso. Portanto, o melhor alimento é totalmente natural — não passou por nenhum tipo de processamento. É preciso acrescentar, o alimento vivo é muito mais fácil de digerir.
Os alimentos crus ajudam e fortalecem o organismo de todas as maneiras porque contêm enzimas, elementos vivos básicos e vitaminas que se combinam de forma natural, dissolvendo e eliminando as toxinas. Toda pessoa sensata percebe que nossa alimentação atual é muito destrutiva. É a causa mais comum e mais grave das doenças físicas e psicológicas e da degeneração constitucional do organismo. Precisamos buscar hábitos de vida e uma alimentação mais saudáveis, se queremos viver melhor agora e no futuro. Não podemos nos contentar, fazendo concessões, quando a vida e a saúde estão em jogo. Precisamos adotar a única solução correta — uma alimentação 100% crua. As frutas secas não são tão boas quanto as frescas. Na primavera de 1946, recebemos algumas frutas secas (uvas-passa, tâmaras, ameixas e figos). Pensei que não faria mal incluí-las na minha alimentação, mas estava errada. Essas frutas haviam sido tratadas com produtos químicos a fim de preservá-las e dar-lhes melhor aspecto. Depois de consumi-las durante três ou quatro meses, comecei, de repente, a sentir dores violentas no tecido da mama e descobri um pequeno nódulo no seio direito, no exato lugar do câncer anterior. Voltei a comer apenas alimentos frescos e crus e o nódulo desapareceu.
Os alimentos frescos crus contêm o máximo valor nutritivo, não podendo ser aumentado nem melhorado. Esquentar, secar, armazenar, fermentar e conservar reduz e destrói o valor. As hortaliças cozidas têm pouco sabor; é preciso fazer alguma coisa para torná-las saborosas. Misturamos vários alimentos, acrescentamos sal, açúcar, condimentos e manteiga. Também removemos o germe e o farelo do trigo, polimos o arroz, refinamos o açúcar, descascamos as frutas e as batatas e raspamos as cenouras. Carnes, peixes, ovos e queijos fornecem um grande excesso de proteína animal. Bebidas à base de café, cacau e chá preto contêm estimulantes tóxicos. Além disso, conservamos alimentos com produtos químicos — ácido benzóico, ácido salicílico, salitre, ácido bórico e ácido sulfúrico — para que não deteriorem e tenham boa aparência. Também o uso de medicamentos está aumentando cada vez mais. Tomamos calmantes, soníferos, sedativos e laxantes — todos eles produtos tóxicos estranhos ao organismo.

Resultado da alimentação viva

Vamos abordar por um instante a maneira como essa alimentação age sobre diversas doenças. A ação depende da idade do doente, da intoxicação, do enfraquecimento e da deterioração de sua constituição, devido a uma alimentação nociva e maus hábitos.
De forma geral, haverá um efeito curativo sobre quase todas as doenças — quer sejam adquiridas durante nossa vida ou devidas a predisposições hereditárias — se o organismo estiver razoavelmente bem e conseguir se beneficiar de uma alimentação exclusivamente crua.
Percebi, também, que os doentes que se submetem totalmente à alimentação crua perdem, aos poucos, a vontade de fumar.
Quanto mais cedo adotarmos uma alimentação vegetariana crua, mais cedo seus benefícios se farão sentir. As mulheres que adotam uma alimentação crua durante a gravidez, sentem-se melhor. O parto é rápido e quase sem dor; o bebê sadio, forte e ágil, coopera. Os alimentos crus produzem leite bom e abundante, durante todo o primeiro ano, se a mãe continuar comendo cru. Após poucos meses, ela pode começar a dar para o bebê um complemento de frutas e hortaliças, raladas na quantidade que ele pede. Entretanto, nunca deve dar frutas e hortaliças ao mesmo tempo — sempre separadamente.
Mesmo a criança que ainda não nasceu pode ser prejudicada pela má alimentação da mãe, porque é nutrida pelo seu sangue enfraquecido. Assim, existem condições que favorecem a doença e o nenê já nasce fraco. Após o parto, sua saúde deteriora, principalmente quando o leite materno é de qualidade e quantidade insuficientes. Dessa forma, no mundo civilizado, as crianças nascem fracas — algumas mais, outras menos — e a humanidade entra em estado de degeneração.
E quanto aos idosos ou aos doentes que adotaram essa alimentação tarde demais? O que podem esperar? Todos podem se beneficiar da alimentação vegetariana crua. As pessoas precisam ser pacientes, mostrar energia e estar muito motivadas. Precisam, também, descansar bastante, principalmente no início. Os primeiros dias podem ser sofridos, até que estejam acostumados com essa alimentação e hábitos de vida diferentes. Logo, porém, sentirão uma melhora. O intestino funcionará regularmente, o que para muitos é um grande estímulo.
A alimentação crua exerce seu efeito benéfico sobre todas as formas de reumatismo e artrite reumática, quando essas doenças ainda não atingiram um estado muito avançado. Constatamos o efeito benéfico sobre as doenças causadas por excesso de ácido úrico, sobre a psoríase, enxaqueca, pedras na vesícula, rins e bexiga. Quase todas as doenças da pele são curadas com bastante rapidez. Queda de cabelo, seborréia e caspa desaparecem. As infecções melhoram ou são curadas.
A alimentação totalmente crua também pode beneficiar casos de câncer e de patologias em estágio terminal. Pode aliviar a dor e prolongar a vida. Quando o câncer é tratado a tempo, é possível obter uma remissão durante muitos anos. O tratamento com alimentos crus precisa ter início assim que o câncer é detectado e precisa ser seguido 100%. Seria muito importante que os médicos adquirissem mais conhecimento nesse campo. Médicos dinamarqueses e estrangeiros ficaram por algum tempo em Humlegaarden e puseram sua experiência em prática com seus clientes.

A alimentação viva na prática

Para concluir, algumas palavras sobre as condições práticas e o uso diário de alimentos crus. É indispensável que os alimentos sejam orgânicos. Por isso, sentimos a necessidade de introduzir uma horta orgânica. Da mesma forma, o solo, muito adubado com adubo químico, corre o risco de se tornar tão doente quanto o homem — com excesso de acidez, superalimentado, dele brotam plantas doentes, inadequadas para o consumo humano.
Cerca de mil doentes passam por Humlegaarden a cada ano. Tanto os doentes como os funcionários vivem exclusivamente de alimentos não cozidos e, de acordo com nossa experiência, uma dieta de transição não é necessária. A alimentação varia de acordo com as estações do ano e consiste de três refeições diárias. Fazemos uma refeição de frutas pela manhã e à noite e uma refeição de hortaliças ao meio-dia. Nunca misturamos frutas e hortaliças. Se o estado dos doentes permitir, os alimentos crus são servidos inteiros; se não, são ralados pouco antes da refeição. Uma vez ralados ou cortados em pequenos pedaços, os alimentos perdem seu teor de vitaminas. Os alimentos precisam ser cuidadosamente mastigados, de preferência até que se tornem uma papa. Mesmo aqueles que forem ralados devem ser bem ensalivados.
Os oleaginosos fornecem um bom complemento. A refeição vegetal consiste de folhas verdes, raízes e tubérculos. Todas as frutas são ingeridas com casca. No caso de doenças como gastrite e úlcera gástrica, é preciso tomar cuidado no início. Se a alimentação crua for associada a hábitos de vida saudáveis, muita coisa vai melhorar. As doenças, pouco a pouco, serão prevenidas. A obesidade se tornará uma raridade.

A vida será alegre para as pessoas saudáveis

O trabalho doméstico vai se reduzir pela metade — e as horas de lazer adicionais serão uma fonte de alegria para todos. Veremos mais pessoas com o corpo esbelto, o porte ereto, o andar flexível, a pele fresca, os dentes brancos e fortes, e os cabelos vigorosos. Com o corpo saudável, nossos pensamentos negativos se transformarão em pensamentos positivos e contribuirão para o grande progresso cultural que o mundo aguarda ansiosamente. Só então valerá a pena viver!
_____ Dra. Kirstine Nolfi, famosa médica dinamarquesa, falecida aos 66 anos em 1967, descreveu suas experiências com os alimentos vivos em uma pequena brochura traduzida para varias línguas e está disponível em português na TAPS.
Dr. Paul Kouchakoff

As enzimas existem apenas nos alimentos crus e não nos alimentos cozinhados e são mais importantes para a nossa saúde do que vitaminas, minerais e aminoácidos. São também essenciais para manter a limpeza interna do corpo. As enzimas são catalisadores de todas as reações químicas do organismo. Sem eles, não há divisão celular, funcionamento do sistema imunológico, produção de energia nem atividade cerebral. Existem duas variedades de enzimas no nosso organismo, enzimas metabólicos e enzimas digestivos. Produzimos mais de 100 000 enzimas diferentes, cada qual com a sua tarefa.
Os alimentos crus tem exatamente a perfeita mistura de enzimas digestivos para serem absorvidos completamente. estes são chamados de enzimas alimentícios. A natureza na sua interminável perfeição faz com que todos os alimentos quer carne, fruta ou vegetal, se decomponham e voltem para a terra de onde vieram. Mas cozinhar a nossa comida acima dos 45ºC destroi os enzimas, deixando ao organismo o trabalho de os produzir para ajudar a digestão.
Há muitos problemas derivados desta destruição de enzimas. Primeiro, o organismo não consegue produzir enzimas na proporção para metabolizar a comida tão completamente como os enzimas naturais dos alimentos crus. isto resulta na criação de gorduras parcialmente digeridas, proteínas e amidos que entopem os intestinos e artérias.
Os esquimós são um verdadeiro exemplo do que foi dito. Esquimó significa, "quem come cru". Vivendo durante séculos com uma dieta de óleo de baleia e foca, os esquimós não tem esclerose arterial. Não tiveram quase nenhuma doença de coração ou ataques, ou tensão arterial alta. A doutrina nutricional instituída prediria uma alta incidência destas doenças, mas até óleo de baleia cru pode ser digerida completamente se não for cozida e por conseguinte os seus enzimas destruídos. Mas uma vez aquecido, o óleo mais fino, a temperaturas superiores a 45%, não poderá ser digerido completamente. Vai entupi-lo.
Mais importante, está demonstrado que o organismo produz uma quantidade de enzimas de forma finita ao longo da vida. Cada refeição cozinhada vai obrigar a mais produção de enzimas o que esvazia a nossa reserva finita. Uma refeição viva não causa este esgotamento.
Isto pode explicar porque uma pessoa de 85 anos tem só um terço da produção de enzimas que outra de 18. Envelhecer não é mais do que ficar sem enzimas. As células param de multiplicar-se, o sistema imunológico falha e não consegue vencer os desafios como quando se era jovem. A nossa reserva de enzimas é empobrecida durante uma vida com comida cozinhada.
Em 1930 o Dr. Paul Kouchakoff descobriu que quando comemos comida cozida o organismo ataca-a com leucócitos, glóbulos brancos que são a pedra angular do sistema imunológico. Estas células trazem enzimas á comida cozinhada na tentativa de a decomporem e livrarem-se dela. O organismo na realidade trata os cozinhados como um invasor estranho. Não há produção de leucócitos quando se come comida viva. É um tremendo fardo para o organismo para o nosso organismo produzir leucócitos e enzimas. O pâncreas dos seres humanos e respectivos animais domésticos é em média o dobro em peso, dos mamíferos na natureza. Este é o resultado direto do trabalho excessivo que criamos para produzirmos enzimas. Não é de admirar que nos sentimos tão cansados depois de uma refeição cozinhada.
Na realidade queimamos cerca de metade das calorias que ingerimos só para as digerir!
Na natureza os mamíferos vivem entre oito e dez vezes o seu tempo de maturação. Os seres humanos, animais domésticos e criados em cativeiro que comem comida cozinhada só vivem quatro vezes o tempo de maturação. No famoso estudo "Pottinger" sobre gatos, foi demonstrado que comida cozinhada resulta em vidas mais curtas, anormalidades congênitas e eventualmente, perda da capacidade reprodutiva. Experiências em laboratório comprovaram que ratos alimentados a cru viveram 50% mais tempo do que outros alimentados a cozinhados.
É incrível como os animais na natureza conservam a sua reserva de enzimas. se dermos a um esquilo uma noz crua, ele não a come imediatamente mas guarda-a, enterrando-a. Só a comerá quando a noz germinar. Encontraram-se sensores nos narizes dos esquilos que conseguem identificar uma noz germinada. Crua e não germinada a noz tem inibidores de enzimas que impedem que esta seja digerida. Só quando germina os inibidores são desactivados.

Os fótons

Hoje sabemos que o organismo precisa muito de elementos vivos presentes na alimentação. Entretanto, na comida cozida esses elementos praticamente não existem mais. Nenhuma semente tostada vai produzir uma nova planta. Isso só funciona quando a vida do germe não foi destruída. Há algumas décadas, foi demonstrado que as células do nosso corpo emitem os assim chamados biofótons. São minúsculas partículas de luz que trocam informação e estão presentes em todas as células vivas — portanto, também nos alimentos vivos. Quando uma célula morre, p. ex. na panela, a luz apaga. Os biofótons não estão mais presentes. Talvez fosse uma boa idéia comer, de forma conseqüente, alimentos naturais que não foram manipulados e que, portanto, contém os biofótons. Talvez isso nos dê uma luz! (Natürlich Leben, nº 6, 2001)

Sinopse do programa REDES, veiculado pela Televisão Espanhola Internacional (Directv) –Texto extraído de http://www.rtve.es/tve/b/redes/semanal/prg281/entrevista.htm

BIOENERGIA E BIOELETRÔNICA – ( Dr. Fritz Albert Popp )

A luz é uma das maiores energias que movem o mundo. E, nesse sentido, o descobrimento das emissões biofotônicas significou um passo muito importante. Os fótons tem sido denominados "a luz das células". Não é por acaso, são luzes débeis emitidas pelos organismos vivos, por meio dos quais se comunicam entre sí. Entre outras coisas, os fótons são imprescindíveis para conseguir qualquer reação química em um sistema biológico.
Todos os organismos vivos, incluindo as células, se comunicam através de campos eletromagnéticos, emitindo fótons que são captados pelo resto. Dessa maneira, graças à comunicação celular, se ativam as ordens para formar os órgãos dos organismos vivos. Se trata de uma réplica a nível microscópico da comunicação que também se dá entre as comunidades de animais.
O biofísico alemão e vice-presidente do Instituto Internacional de Biofísica, Fritz-Albert Popp, será nosso convidado do programa. Fritz Popp, que foi nominado ao Prêmio Nobel pelo descobrimento da luz fotônica celular ou biofotônica, conversará com Eduard Punset e, provavelmente , nos fornecerá novos e interessantes dados sobre o mundo da bioenergia e da bioeletrônica.

Entrevista com FRITZ ALBERT POPP

EDUARD PUNSET:
No ano passado vi pela primeira vez, graças ao microscópio de dois fótons, células em movimento. Células de verdade movendo-se. E obviamente estavam se comunicando entre sí. Nos anos oitenta você começou a descobrir e a afirmar que todos os organismos vivos, incluídas as células, emitem uma luz ultra débil, os fótons, e que graças a estas emissões se comunicam entre sí.

É assim mesmo?
FRITZ ALBERT POPP:

Sim. Na verdade com apenas uns poucos fótons se produzem efeitos quânticos, não falo de efeitos clássicos. Tem a ver com uma radiação coerente. E a radiação faz com que as interferências no espaço que existe entre as células sejam maiores, mas aqui a radiação é uma radiação na qual se utilizam as interferências como uma forma de comunicação. Os fótons emitidos pelas diferentes células, interferem e fazem com que as interferências sejam maiores entre as ondas que as células emitem.
As amplitudes dos campos elétricos provocam, principalmente, interferências destrutivas, assim, a radiação entre os sistemas, neste caso as células, desaparece, enquanto que, por outro lado, a intensidade dentro dos sistemas é maior porque se tem que conservar a energia. Esta é a forma de comunicação entre as células. Todas as células se comunicam com padrões ondulatórios específicos. Se observam estruturas de interferência específicas, e se as células são idênticas, se diz que têm o mesmo padrão de freqüência. Isto é como dizer, mais ou menos, que têm o mesmo padrão de interferência. E esta também é uma forma de identificação entre elas: cancelar a luz entre elas é a melhor maneira que têm para comunicar-se porque criam algo assim como um canal, criam uma zona de quietude, ou dito de outro modo, criam uma zona livre de som entre elas, de modo que quando qualquer pequena perturbação surge a percebem imediatamente como um sinal entre elas.O que digo não é uma especulação, é o resultado de uma experimentação que foi realizada em profundidade.

EDUARD PUNSET:
Si nos comunicamos através de campos eletromagnéticos, que são os mesmos para todo o mundo, como os fótons são únicos?. Isto quer dizer que abrimos a possibilidade de que as árvores possam comunicar-se com os humanos, que os humanos possam comunicar-se com os animais, ou as árvores entre sí?

FRITZ ALBERT POPP:
Claro, podemos observá-lo a um nível celular. Também podemos observá-lo entre os animais. Por exemplo, entre as "dafnias" (?) se observam claros efeitos de luz e criação de canais dependentes da distancia, de modo que usam esta possibilidade para produzir populações. E o mesmo efeito ocorre também entre as células de um organismo, por exemplo, entre nossas células, em nosso corpo. Este tipo de comunicação é responsável pela formação dos órgãos, do fígado, do rim, etc., porque as células utilizam esta forma de comunicação também para criar estas forças que as atrairão entre sí ou para dizer o que é que têm que fazer. A informação se manifesta desta maneira. Inclusive dentro de uma mesma célula... se tem que produzir cerca de 1000 reações químicas por segundo em cada célula, e ainda a informação sobre o lugar e o momento exato em que estas reações químicas se deverão produzir, se realiza através de uns poucos fótons, que são coerentes, e como são coerentes podem provocar melhores interferências para transmitir uma quantidade tão grande de informação.

EDUARD PUNSET:
Sempre pensamos que uma doença era o resultado de uma desordem bioquímica, mas de acordo com seu raciocínio pode parecer que uma doença seja também, ou ao invés disso, o resultado de uma desordem eletromagnética. Uma desordem nas ondas de fótons. É assim mesmo?

FRITZ ALBERT POPP:
Sim. Os campos e a matéria vão muito unidos em um sistema vivo. O avanço de um depende da reação do outro. Para conseguir uma reação química se necessita de um foto. Um dos componentes desta reação química tem que ser estimulado ou excitado por ondas eletromagnéticas. Devem excitar os estados eletrônicos do sistema. Esta excitação só pode dar-se mediante a absorção de um foto. De fato, este é um acontecimento muito corrente que pode encontrar-se nos livros-texto de química. Este é o motivo pelo qual a velocidade de reação das reações químicas aumenta em função da temperatura: si aumentamos a temperatura se consegue um aumento do número de reações químicas por segundo, porque se produzem mais fótons disponíveis. Más a principal diferença é que em um sistema biológico não se produz radiação calorífica nessa pequena reação, mas sim biofótons. Se produz um pequeno número de fótons, e não é necessário ter muitos deles para conseguir um grande número de reações químicas. Por que isso ocorre? Porque em quanto se da uma reação química o foto é devolvido ao campo e nesse campo biofotônico os fótons não são termalizados, quer dizer, não desaparecem como radiação calorífica, como calor, mas sim são armazenados para que desta forma estejam sempre disponíveis para a próxima reação. Para esse campo biofotónico, com seu baixo número de fótons, não lhe é muito difícil assumir toda a atividade que se dá em uma célula, ainda que seja muito elevada. A informação sempre fica armazenada no campo e pode ser utilizada por outras células em outra ocasião. Pode-se dizer que nos sistemas biológicos existe uma espécie de matrimônio entre o campo fotônico e a matéria bioquímica: um é necessário para entender o comportamento do outro, é impossível separar seu estudo. Caso se leve em conta só uma das partes, se cometem muitos erros.

EDUARD PUNSET:
O descobrimento das emissões biofotônicas nos levaria a confirmar alguns métodos convencionais de cura baseados no conceito da auto-regulação de organismos vivos, como a homeostasis, por exemplo, ou inclusive a acupuntura?. Existem muitas investigações que correlacionam propriedades da emissão fotônica com anomalias biológicas, ou padrões de crescimento, ou diferenciação de células no processo de morfogénesis. Isto está correto?

FRITZ ALBERT POPP:
Eu gostaria de pontualizar que pode parecer muito simples afirmar que esses fenômenos podem observar-se apenas dizendo que existem ondas electromagnéticas implicadas neles. É muito difícil fazer uma idéia exata do que ocorre na acupuntura ou na homeopatia, por exemplo.Todavia são só especulações. Como eu disse antes, é muito difícil encontrar evidencias experimentais de umas forças elétricas de tais dimensões, porque nossos instrumentos não são o suficientemente sensíveis para detectar esses padrões de sensibilidade tão complexos e de tão baixa amplitude.

EDUARD PUNSET:
Passemos a outro tema muito diferente mas que tem muito que ver com sua teoria da vida. Vou citar textualmente ao Prêmio Nobel Erwin Schroedinger, quando chamou à atenção ao afirmar que estávamos equivocados ao tentar medir a qualidade da comida, por exemplo, das coisas que comemos... "estamos nos fixando nos aspectos equivocados" disse. E você disse algo muito similar, afirmou, por exemplo, que depois de haver investigado, pode assegurar que na comida que foi exposta a uma radiação, ou que tem demasiadas bactérias em comparação com a comida normal, a emissão de fótons é mais débil comparada com a da comida fresca. De algum modo, nas suas palavras e de Schroedinger, a comida poderia estar refletindo uma determinada quantidade de ordem, e se a comida reflete desordem, não está em bom estado. É isso ?

FRITZ ALBERT POPP:
Schroedinger descobriu que a qualidade da comida tem que ser medida em termos de sua capacidade organizativa, ele a chamava megantropía da comida: os humanos e os animais são mais ou menos ladrões de ordem. Nossa idéia era medir esta capacidade organizativa da comida mediante a interação de fótons, porque as plantas vivem da luz do sol. A luz do sol é uma comida natural das plantas, e também dos humanos e dos animais, no sentido de que se alimentam de plantas que tem fótons armazenados. Por exemplo se separamos a glicose, o açúcar, em CO2 e H2O, ambos são componentes moleculares do açúcar, mas ambos contem luz do sol, armazenam luz do sol, e nosso corpo aproveita o CO2 e o H2O do açúcar, e o resto é luz do sol, que permanece em nosso corpo enquanto o CO2 e o H2O desaparecem. Por tanto, também vivemos da luz e temos que encontrar como se realiza esta conexão entre a capacidade de armazenagem da comida e sua qualidade. É muito provável que a qualidade da comida seja melhor quanto maior seja sua capacidade de armazenar luz, e por isso medimos sua capacidade de armazenar luz. Isto parece muito simples explicado assim, mas é muito mais complexo.

EDUARD PUNSET:
Estamos nos aproximando do dia em que chegaremos a saber qual é a dieta exata que deveríamos seguir, as cosas que deveríamos comer e as que não? Por exemplo, você diz que é tanto uma questão de quantidade, é uma questão da potência do campo bioelétrico, das interações entre diferentes produtos. Estamos nos aproximando ao momento no qual conheceremos qual a dieta ideal para cada pessoa?

FRITZ ALBERT POPP:
Espero que seja assim. Mas existem também muitos componentes subjetivos que não podem medir-se com os biofóton ou com o qualquer que seja. O tema da saúde é muito evidente si observamos algumas doenças em diferentes culturas ou nações: os americanos por exemplo, levam uns 40 anos alimentando-se de conservas e comida preparada e isso está lhes causando muitos problemas. Enquanto os chineses, que não podem permitir-se a comida preparada, simplesmente por motivos econômicos, mantêm uma saúde muito forte inclusive quando mais velhos.

EDUARD PUNSET:
Tem havido uma mudança radical na percepção do universo, em direção a uma espécie de desmaterialização. E consequentemente sua aproximação bioenergética está nessa linha. Você acredita que sua investigação nos está levando a uma futura teoria da vida, que seria muito diferente da concepção químico-molecular que tínhamos antes?

FRITZ ALBERT POPP:
Os sistemas vivos comparados com outros sistemas se diferenciam no fato em que a interação com a matéria é muito estreita, são dependentes um do outro, ambos se influenciam entre sí. E este é um aspecto completamente novo. Está muito longe da visão da vida desde o ponto de vista de que a interação entre as moléculas é baixa. É claro que é necessário saber que as moléculas estão implicadas porque podem chegar a influenciar a todo o campo, mas não é suficiente. Seria como se você tratasse de descrever uma moeda só por uma de suas caras, tem que olhar ambos os lados para ter uma imagem completa.

EDUARD PUNSET:
O descobrimento das emissões biofotônicas nos levaria a confirmar alguns métodos convencionais de cura baseados no conceito da auto-regulação de organismos vivos, como a homeostasis, por exemplo, ou inclusive a acupuntura?. Existem muitas investigações que correlacionam propriedades da emissão fotônica com anomalias biológicas, ou padrões de crescimento, ou diferenciação de células no processo de morfogénesis. Isto está correto?

FRITZ ALBERT POPP: Eu gostaria de pontualizar que pode parecer muito simples afirmar que esses fenômenos podem observar-se apenas dizendo que existem ondas electromagnéticas implicadas neles. É muito difícil fazer uma idéia exata do que ocorre na acupuntura ou na homeopatia, por exemplo.Todavia são só especulações. Como eu disse antes, é muito difícil encontrar evidencias experimentais de umas forças elétricas de tais dimensões, porque nossos instrumentos não são o suficientemente sensíveis para detectar esses padrões de sensibilidade tão complexos e de tão baixa amplitude.
EDUARD PUNSET:
Passemos a outro tema muito diferente mas que tem muito que ver com sua teoria da vida. Vou citar textualmente ao Prêmio Nobel Erwin Schroedinger, quando chamou à atenção ao afirmar que estávamos equivocados ao tentar medir a qualidade da comida, por exemplo, das coisas que comemos... "estamos nos fixando nos aspectos equivocados" disse. E você disse algo muito similar, afirmou, por exemplo, que depois de haver investigado, pode assegurar que na comida que foi exposta a uma radiação, ou que tem demasiadas bactérias em comparação com a comida normal, a emissão de fótons é mais débil comparada com a da comida fresca. De algum modo, nas suas palavras e de Schroedinger, a comida poderia estar refletindo uma determinada quantidade de ordem, e se a comida reflete desordem, não está em bom estado. É isso?

FRITZ ALBERT POPP:
Schroedinger descobriu que a qualidade da comida tem que ser medida em termos de sua capacidade organizativa, ele a chamava megantropía da comida: os humanos e os animais são mais ou menos ladrões de ordem. Nossa idéia era medir esta capacidade organizativa da comida mediante a interação de fótons, porque as plantas vivem da luz do sol. A luz do sol é uma comida natural das plantas, e também dos humanos e dos animais, no sentido de que se alimentam de plantas que tem fótons armazenados. Por exemplo se separamos a glicose, o açúcar, em CO2 e H2O, ambos são componentes moleculares do açúcar, mas ambos contem luz do sol, armazenam luz do sol, e nosso corpo aproveita o CO2 e o H2O do açúcar, e o resto é luz do sol, que permanece em nosso corpo enquanto o CO2 e o H2O desaparecem. Por tanto, também vivemos da luz e temos que encontrar como se realiza esta conexão entre a capacidade de armazenagem da comida e sua qualidade. É muito provável que a qualidade da comida seja melhor quanto maior seja sua capacidade de armazenar luz, e por isso medimos sua capacidade de armazenar luz. Isto parece muito simples explicado assim, mas é muito mais complexo.

EDUARD PUNSET:
Estamos nos aproximando do dia em que chegaremos a saber qual é a dieta exata que deveríamos seguir, as cosas que deveríamos comer e as que não? Por exemplo, você diz que é tanto uma questão de quantidade, é uma questão da potência do campo bioelétrico, das interações entre diferentes produtos. Estamos nos aproximando ao momento no qual conheceremos qual a dieta ideal para cada pessoa?

FRITZ ALBERT POPP:
Espero que seja assim. Mas existem também muitos componentes subjetivos que não podem medir-se com os biofóton ou com o qualquer que seja. O tema da saúde é muito evidente si observamos algumas doenças em diferentes culturas ou nações: os americanos por exemplo, levam uns 40 anos alimentando-se de conservas e comida preparada e isso está lhes causando muitos problemas. Enquanto os chineses, que não podem permitir-se a comida preparada, simplesmente por motivos econômicos, mantêm uma saúde muito forte inclusive quando mais velhos.

EDUARD PUNSET:
Tem havido uma mudança radical na percepção do universo, em direção a uma espécie de desmaterialização. E consequentemente sua aproximação bioenergética está nessa linha. Você acredita que sua investigação nos está levando a uma futura teoria da vida, que seria muito diferente da concepção químico-molecular que tínhamos antes?

FRITZ ALBERT POPP:
Os sistemas vivos comparados com outros sistemas se diferenciam no fato em que a interação com a matéria é muito estreita, são dependentes um do outro, ambos se influenciam entre sí. E este é um aspecto completamente novo. Está muito longe da visão da vida desde o ponto de vista de que a interação entre as moléculas é baixa. É claro que é necessário saber que as moléculas estão implicadas porque podem chegar a influenciar a todo o campo, mas não é suficiente. Seria como se você tratasse de descrever uma moeda só por uma de suas caras, tem que olhar ambos os lados para ter uma imagem completa.

VIVENDO DE COMIDA VIVA
National Academy of Sciences National Research Councils book, "Diet, Nutrition and Cancer,"

Na natureza todos os animais comem alimentos vivos. Só o ser humano cozinha os seus alimentos e só o ser humano sofre de imensas doenças e males. Os humanos que comem mais alimentos vivos estão mais alerta, pensam claro, concisamente e mais logicamente e tornam-se mais ativos. Melhor, comedores de comida viva tornam-se virtualmente livres de doença.
O nosso organismo evoluiu durante cerca de quatro milhões de anos. Cerca de 3,950,000 dos quais comemos só cru, alimentos vivos. É só recentemente que começamos a comer alimentos cozinhados. Quando olhamos para os outros mamíferos na natureza, não vemos qualquer incidência das doenças que se difundiram pelos seres humanos. Nem cancro, doenças do coração, ataques ou diabetes, etc. Cozinhar é um processo de destruição dos alimentos a partir do momento em que calor é aplicado á comida. Os nutrientes são praticamente todos destruídos se a cozedura for longa.
Cozinhar transforma a comida num tóxico! A toxicidade dos alimentos cozinhados é confirmada pela duplicação e triplicação das células brancas no sangue depois de comer uma refeição cozinhada. As células brancas do sangue são a primeira linha de defesa do organismo e são, coletivamente, popularmente chamadas de "sistema imunitário". A primeira coisa que se perde quando se cozinham os alimentos é a água que os constitui.
Como confirmado por centenas de pesquisas citadas na prestigiosa National Academy of Sciences National Research Councils book, "Diet, Nutrition and Cancer," qualquer forma de cozedura, etc., rapidamente gera mutagens e agentes cancerígenos nos alimentos. Cozinhar destrói 50% das proteínas. Entre 50 e 80% e minerais são destruídos. Os pesticidas dividem-se em partículas ainda mais tóxicas, que são mais facilmente assimilados pelo organismo. O oxigênio é perdido e radicais livres são produzidos. As proteínas começam a coagular a temperaturas normalmente utilizadas, e perdem o seu valor nutritivo.
A s vitaminas são geralmente rapidamente destruídas pelo aquecimento. Os minerais rapidamente perdem o seu contexto orgânico e voltam ao estado nativo em que se encontram no solo, mar água e rochas, metais etc. Nesse estado eles não são usados pelo organismo e são postos á parte combinados com gorduras saturadas e colesterol no sistema circulatório, dessa forma bloqueando-o com uma massa tipo cimento. Mais de 90% dos americanos tem placa nas suas artérias! Pior ainda, os minerais inorgânicos são altamente tóxicos. Como exemplo conhecemos o iodo como um nutriente essencial. Apesar de tudo no seu estado inorgânico causa hepatite.
A comida cozinhada não só leva mais tempo a ser digerida como por vezes é completamente indigesta e indiscutivelmente no caso das proteínas aquecidas. A comida cozinhada rapidamente fermenta e entra em putrefação no trato intestinal enquanto a comida viva é praticamente toda absorvida antes de oxidar o suficiente para criar uma fermentação bacterial e putrefação. Isto evidencia o fato de que o comedor convencional comum tem cerca de duas libras (907.194g) de bactérias intestinais enquanto que um comedor de comida viva tem só algumas onças (1 onça=28.3498 gramas). Cerca de 20% das fezes de comedores convencionais são bactérias mortas enquanto que um comedor de comida viva são somente uma fração. Se cozer uma batata e a puser ao lado de uma crua, a crua irá durar semanas e talvez germinar enquanto que a cozida fermentará num ou dois dias. Isto dá-lhe uma idéia do que acontece com qualquer comida cozinhada no trato intestinal onde a fermentação e a putrefação que levam um dia ou dois cá fora acontecem numa hora ou duas nos intestinos. Por conseguinte, a indigestão é uma indicação de que a fermentação e/ou a putrefação estão a ocorrer. Se já vomitou tem ai uma resposta.
Não precisa de acreditar nas minhas palavras! Arranje algumas cobaias, ratos brancos por exemplo. O que os humanos levam anos para evidenciar, eles demonstram em semanas. Alimente um grupo controlado com uma dieta de comida crua. Alimente outro grupo com a mesma comida cozinhada.
Mas não sejamos tão cruéis com os pobres animais. Melhor ainda pode ver os resultados maravilhosos aqui enumerados por si só!Claro que terá de suportar algum desconforto quando o corpo, com melhor comida, começar a purificar. Gorduras aquecidas são devastadoras porque são alteradas, formam radicais livres mutagens e elementos cancerígenos como confirmado pela "Diet, Nutrition and Cancer." Por isso pode ver que comida cozinhada cria pessoas fracas, doentes e em breve gente morta.
Pesquisas recentes revelaram que a qualidade dos nutrientes que pomos no nosso corpo determina a nossa qualidade de vida. Sabemos bem que os motores trabalham bem ou mal, dependendo da qualidade do combustível que usarem. Poucos de nós fazemos idéia de que a qualidade da alimentação determina as nossas habilidades e performance físicas e mentais.
Os benefícios do regime de comida crua ou viva são:
Os crudivoros sentem-se geralmente melhor e estão normalmente num estado de euforia.

Os crudivoros tem mais energia e vigor. Porquê? 

Quem vive da alimentação viva precisa de menos descanso e de menos tempo para dormir. Quem vive da alimentação viva especialmente com exercício físico, perde bastante peso. Isto é bom para quem quer perder peso. Quem começa uma dieta de alimentação viva faz uma desintoxicação do organismo que, às vezes pode ser muito intensa. A desintoxicação do corpo pode ter alguns sintomas desagradáveis.
Quem subsiste nesta alimentação torna-se mais ativo e preciso nas suas ações e pensamentos. Daqui se conclui que trabalhe melhor e com maior competência. Comedores de crus tem menos stress e tensões nervosas do que os comedores convencionais. Além disso se um regime de exercício de 15 a 30 minutos diários for seguido, eles estarão menos sujeitos ao stress. Melhor, quem vive da alimentação viva fica virtualmente livre de doenças. Claro que um grande cepticismo existe e é exprimido, apesar de tudo precisamos de licença e justificação para deixarem as pizzas, pão, batatas etc. Há quem diga que tudo isto parece uma anedota e que quem se alimenta assim vive numa espécie de ilusão. Eu diria: "Porque não experimentam vós mesmos os resultados excelentes. Depois poderão contar as vossas experiências anedoticamente tal como expressam anedoticamente o vosso cepticismo."
Só os seres humanos regularmente e consistentemente sofrem de morte prematura. A morte natural nos seres humanos é tão rara que nem sequer aparece nos nossos almanaques ou estatísticas.
Há quem pergunte regularmente: "O que há de tão terrível na comida cozinhada? Todos a comem."
A resposta:" Quase toda a gente tem cáries, falta de vista e precisa de óculos, constipa-se facilmente e apanha toda uma série de doenças, não é verdade?" As proteínas depois da cozedura ficam rapidamente putrefatas pela ação das bactérias no trato digestivo o que leva á criação de potentes venenos tais como amoníaco, ácido sulfídrico, putrescina, cadaverina e mais. Estes são absorvidos pelo organismo e causam inumeráveis doenças. Penso que de forma agradável ficam sumariadas as razões mais salientes para evitar a comida cozinhada--porque deveria, se ama a sua saúde e alegria, comer comida viva!

Fonte:http://www.crudivorismo.com.br/contemporanea.html



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